Como as APIs integram as empresas ao mundo digital

O Banco Original criou APIs para integrar seus serviços a outros dispositivos / Divulgação
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O Banco Original criou APIs para integrar seus serviços a outros dispositivos / Divulgação
O Banco Original criou APIs para integrar seus serviços a outros dispositivos / Divulgação

As interfaces de programação de aplicações (APIs, na sigla em inglês) são ferramentas tecnológicas que ajudam as empresas a se integrar ao mundo digital.
Elas transformam um serviço ou software numa plataforma aberta a desenvolvedores, permitindo a integração entre aplicações.
É dessa forma que o Google Maps, por exemplo, oferece o caminho até o destino para o motorista do Uber ou é possível acessar aplicativos e sites sem preencher cadastro, apenas com o login no Facebook.
A quantidade de companhias interessadas na criação de APIs só deve aumentar. Estima-se que o mercado global de APIs movimente US$ 965 milhões até 2020, mantendo uma taxa de crescimento anual de até 30%.
Algumas características da tecnologia ajudam manter a taxa de crescimento:

  • o forte controle sobre desenvolvimento de produtos em nuvem, diminuindo o risco de violações externas;
  • o mercado competitivo de internet das coisas;
  • a capacitação para mobilidade; e
  • a crescente necessidade de acesso a dados e de integrações funcionais confiáveis.

Mercado nacional

No Brasil, os sites de varejo e de meios de pagamento foram os pioneiros na adoção da tecnologia.
Porém, instituições mais tradicionais, como os empresas de cartões de crédito e bancos, já começam a aderir a tecnologia.
O Banco Original, nascido 100% digital, é uma das instituições financeiras que já oferecem seus dados para desenvolvedores de outras empresas criarem produtos.
Até o fim de 2016, o banco havia tornado disponíveis seis APIs, para operações como pagamentos, consultas de saldo, extrato bancário e investimentos.
Guilherme Stocco, diretor de estratégia e inovação do Banco Original, destaca que as APIs devem permitir que os clientes do banco tenham acesso aos serviços do banco nos mais diversos dispositivos.
“Queremos facilitar novas experiências financeiras”, explica. “Pensando em velocidade de inovação, é muito mais poderoso deixar essa ferramenta (APIs) nas mãos de desenvolvedores com muita experiência em determinados temas do que organizar nosso time interno para desenvolver isso.”
O Banco Original usa tecnologia da CA Technologies para desenvolver suas APIs.

Segurança

Para auxiliar companhias dispostas a usar essa tecnologia, surgem no mercado empresas de consultoria, gestão e segurança de APIs.
A Sensedia é especializada na consultoria, gestão e segurança de APIs. Surgida em 2007, como uma spin-off da CI&T, tem em sua carteira clientes como Itaú, Bradesco, Walmart, Marisa e TV Globo.
“Nossos clientes usam APIs de diversas formas”, diz o CEO da Sensedia, Kleber Bacilli. “A primeira delas é acelerar as experiências digitais que eles estão construindo, seguida de uma forma de ativar mais rápido parceiros e canais de distribuição e, por fim, disponibilizar APIs públicas para os outros desenvolvedores”, afirma.
Segundo o executivo, em 2016 o faturamento da empresa cresceu 75% em relação ao ano anterior. E, para este ano, pretende levar o serviço de gestão de APIs para países altamente tecnológicos como o Estados Unidos e Japão.
“Permitir que uma pessoa desconhecida acesse dados da empresa acelera muitos processos, mas traz uma série preocupações. É por isso que estamos focando na nossa especialidade de gerenciamento de APIs”, completa Bacilli.


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