Anatel planeja mudar exigências de qualidade de serviço

Compartilhe

Anatel: Mudanças nos indicadores de qualidade e tributos foram temas de discussão durante a manhã de hoje na Futurecom / Foto: Mariana Lima
Mudanças nos indicadores de qualidade e tributos foram temas de painel do Futurecom / Mariana Lima/inova.jor

As operadoras de telecomunicações são obrigadas a apresentar mais de uma centena de indicadores técnicos para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Mesmo assim, a qualidade dos serviços está longe de ser satisfatória para os consumidores.
Por causa disso, a agência estuda adotar novas formas de medir a qualidade do serviço. Somente em maio deste ano, foram registradas mais de 315 milhões reclamações à Anatel sobre telefonia, banda larga e TV por assinatura.
Durante apresentação no Futurecom, Juarez Quadros, novo presidente da Anatel, disse que o regulador estuda maneiras de medir a qualidade a partir da experiência do usuário.
Segundo Quadros, novos indicadores estão sendo criados por especialistas em qualidade percebida. “Queremos que o próprio consumidor avalie a qualidade do serviço”, adiantou.
Atualmente, a medição da qualidade é feita pela Anatel com base em indicadores técnicos pré-estabelecidos. A necessidade de troca desses indicadores é uma reivindicação dos executivos do setor.
“Os indicadores de qualidade são voltados para voz e oneram muito as operadoras”, disse Luiz Alexandre Garcia, presidente do Grupo Algar. “O mercado mudou e os consumidores também. É interessante que exista mudança nesses indicadores”, completou.

Desoneração

A necessidade de revisão de fundos e tributos que incidem sobre as telecomunicações também foi tema de discussão.
André Borges, secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), disse que o governo prevê mudanças nos próximos anos.
“Entendo que não deverá acontecer em curto prazo, mas acredito que com a retomada da economia e, consequentemente, com o aumento da arrecadação, a questão tributária seja rediscutida pelo governo. Vamos rever também o marco legislativo dos fundos, principalmente do Fust”, disse.
Segundo o secretário, com a mudança da legislação, o governo pretende usar recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) para a difusão da banda larga no Brasil.


Compartilhe
Previous Article

Qual é a relação entre patentes e tamanho da economia

Next Article

Setor precisa de novas políticas públicas

You might be interested in …

Hugo Baeta, da Cisco, Rubens Milito, da Huawei, e João Moura, da TelComp. falam sobre investimento em telecomunicações

Como incentivar investimentos em telecomunicações

Compartilhe

Compartilhe O inova.jor promoveu um debate sobre maneiras de elevar os investimentos em telecomunicações, com apoio da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp). Participaram da conversa Hugo Baeta, diretor regional de operações da […]


Compartilhe
Serviços como Netflix tem reduzido a demanda por TV paga / Divulgação/Netflix

Como o vídeo por streaming afeta a TV paga

Compartilhe

CompartilheNo ano passado, o Brasil perdeu assinantes de TV paga pela primeira vez. Foram cerca de 500 mil pessoas que desligaram seus serviços de cabo ou satélite. Parte disso foi resultado da crise. Outra parte […]


Compartilhe
Em setembro, evento vai reunir profissionais de tecnologia, inovação e economia criativa em Santa Rita do Sapucaí / Divulgação

Santa Rita do Sapucaí sedia o Hack Town

Compartilhe

CompartilheEntre os dias 7 e 10 de setembro, será realizada a terceira edição do Hack Town, em Santa Rita do Sapucaí (MG). O evento vai reunir profissionais de áreas como tecnologia, inovação e economia criativa. […]


Compartilhe