O futuro da TV paga é um aplicativo?

Painel da NeoTV discutiu novas tecnologias para empresas de TV paga / Renato Cruz/inova.jor
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Painel da NeoTV discutiu novas tecnologias para empresas de TV paga / Renato Cruz/inova.jor
Painel da NeoTV discutiu novas tecnologias para empresas de TV paga / Renato Cruz/inova.jor

BALNEÁRIO CAMBORIÚ
O conceito de TV paga tem mudado rapidamente. O uso do protocolo de internet (IP, na sigla em inglês) nas redes permite oferecer recursos como vídeo sob demanda, catch up TV (assistir aos programas já exibidos quando quiser), start over (ver do começo o programa que já está sendo exibido) e multitelas (ter acesso à programação no computador, celular e tablet, além da televisão).
O futuro da TV paga é um aplicativo? Essa foi uma das perguntas feitas durante painel apresentado ontem no Evento Regional NeoTV, em Balneário Camboriú. “Quem fizer somente vídeo linear, como fazíamos há 20 anos, será engolido”, afirmou Alexandre Britto, diretor da Network Broadcast.
A tecnologia IP permite tornar a TV por assinatura muito parecida com os serviços chamados “over the top” (OTT), que são oferecidos via internet, como Netflix e YouTube. “A plataforma pode aprender com o uso do assinante, e oferecer conteúdos baseados naquilo que ele gosta de ver”, destacou Bruno Bellantuono, diretor comercial da Minerva.

O desafio do conteúdo

Durante o painel, fornecedores apresentaram soluções de software e na nuvem para componentes da central de TV paga, o chamado “headend”, que antes eram equipamentos dedicados.
Carlos Rocha, diretor da Samurai e mediador do painel, apontou que o conversor de TV paga poderia até se transformar num software que roda no televisor.
Dessa forma, o assinante poderia se conectar ao serviço com um cartão com chip (igual ao que é usado nos celulares) ou mesmo com login e senha. Os aparelhos de TV de hoje têm memória e capacidade de processamento suficientes para isso.
Um grande desafio é o licenciamento do conteúdo. “Por que não conseguimos receber licença de nossos parceiros programadores se é bom para o espectador?”, questionou Rocha.
Os contratos de licenciamento de conteúdo ainda refletem o modelo convencional de TV paga, limitado à área de atuação da empresa de TV por assinatura, sem previsão de vídeo sob demanda, cujos direitos costumam ser negociados separadamente.
Num modelo de conversor virtual, o cliente de TV paga poderia se conectar ao serviço em qualquer lugar do mundo, independentemente da rede em que o seu televisor está ligado.

  • O jornalista viajou a convite da NeoTV

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