Manter a segurança de tecnologia da informação é um desafio cada vez mais complexo. Trata-se de uma área extremamente especializada, em que existe um déficit mundial de cerca de 1 milhão de profissionais.
“A necessidade do mercado é enorme”, afirma Rogério Reis, diretor de Operações da Arcon. “E não há especialistas suficientes para que todas as empresas tenham boas equipes.”
A oferta de serviços gerenciados de segurança é a principal aposta da Arcon. A empresa conta com dois centros de operações que protegem cerca de 600 mil máquinas, pertencentes a 80 clientes.
“O modelo é totalmente remoto, com especialistas disponíveis 24 horas por dia”, explica Reis.
A situação econômica do País fez com que algumas empresas atrasassem seus projetos de segurança.
O modelo de serviços gerenciados permite a retomada de projetos sem a necessidade de um grande investimento inicial.
“Apesar dos gastos menores, o principal diferencial é o valor agregado que o serviço proporciona”, afirma Reis. “A equipe própria de uma empresa conhece somente aquele ambiente. Nossos especialistas têm uma visão abrangente do mercado.”
Detecção e resposta
Atualmente, as ameaças digitais são bastante diversificadas. “Um grande vetor de ataque são os malwares”, afirma o diretor da Arcon. “Há cinco anos, os criminosos tinham diversas motivações. Hoje, elas são 100% financeiras.”
Reis destaca que trabalhar para prevenir incidentes não é suficiente. Também é necessário estar preparado para detectar ataques e para reagir rapidamente a eles.
“Temos uma capacidade enorme de detecção e resposta”, explica. “Esse é um grande diferencial da Arcon e da NEC.”
Em agosto, NEC anunciou a compra de 75% da brasileira Arcon, por R$ 60 milhões. O objetivo foi completar com serviços de cibersegurança as soluções da multinacional japonesa de segurança física, que incluem, por exemplo, sistemas de biometria.
“Esse processo está somente no início”, afirma o executivo.
O mercado latino-americano de serviços gerenciados de segurança movimentou US$ 482,5 milhões em 2014, segundo a consultoria Frost & Sullivan.
A previsão para 2020 é que esse montante alcance US$ 1,25 bilhão. O mercado brasileiro equivale a aproximadamente 45% do total.
Ganhos de produtividade
Um dos clientes da Arcon é o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). A empresa instalou o centro de segurança que funciona no próprio tribunal, sendo responsável por sua operação.
O TJSP tem 21 milhões de processos em andamento, o que corresponde a 42% do total do País.
Em 60 dias de operação, os serviços gerenciados de segurança resultaram em:
- Aumento de 60% da produtividade;
- Redução de gastos com recursos de tecnologia da informação, resultante do monitoramento da infraestrutura; e
- Bloqueio de ameaças vindas por e-mail, equivalentes a cerca de 90% do volume total.
Outro cliente é o Grupo JBS, líder mundial no processamento de carnes. A Arcon foi contratada para melhorar a comunicação entre a matriz e suas quase 100 unidades em todo o Brasil.
O projeto beneficiou cerca de 50 mil colaboradores, e permitiu taxas de até 70% em economia da capacidade dos links de comunicação.
Arquivos no formato PDF que demoravam três minutos para serem baixados passaram a estar disponíveis em 10 segundos.