O Brasil também fabrica drones. Startups brasileiras do setor preveem forte crescimento das vendas, mesmo com um cenário de retração econômica. O mercado deve movimentar R$ 200 milhões neste ano.
Até quinta-feira, acontece em São Paulo a segunda edição do DroneShow, com participação de empresários, startups e investidores. O evento deve ser palco de discussões sobre a regulação e o mercado de drones na América Latina.
Entre os participantes está a startup catarinense Horus Aeronaves, que atua há dois anos no mercado e preparou um lançamento para o evento.
“Esperamos crescer 500% até o fim do ano. O que garante isso é o fato das empresas estarem percebendo que os drones aumentam a produtividade conseguindo maior ganhos em suas atividades”, disse Fabrício Hertz, diretor executivo da Horus.
Os veículos aéreos não tripulado já têm sido adotado por empresas brasileiras de setores como agricultura, mineração e topografia. Emerson Granemann, idealizador do DroneShow, acredita que a tecnologia será aplicada em novos mercados em breve.
Delivery
“Estamos no início de um grande tsunami de aplicações comerciais dos drones. Eles vão invadir os negócios e, num segundo momento, o dia a dia das pessoas com as futuras aplicações de delivery. Esse é um mercado ainda maior a ser explorado”, alertou Granemann.
A americana Amazon já anunciou planos de usar drones para entregas de produtos, nos Estados Unidos.
A regulação dos dones também será tema de discussão no evento. Atualmente, o processo aguarda deliberação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“Com a regulamentação da Anac, o mercado deve chegar aos dois dígitos de crescimento, uma vez que é possível trabalhar com escala e prospectar novas frentes e aplicações de uso de drones. Estima-se que anualmente o mercado mundial de drones movimente cerca de R$ 34 bilhões”, completou Granemann.