Procuram-se empresas para desenvolver cidades inteligentes

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 Fabiano Hessel afirma que 7 bilhões de pessoas devem estar conectadas diariamente até 2020. Foto: Mariana Lima
Hessel afirma que 7 bilhões de pessoas devem estar conectadas diariamente até 2020 / Mariana Lima/inova.jor

PORTO ALEGRE
O mercado de cidades inteligentes (smart cities) e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) no Brasil é pouco aproveitado pelas empresas brasileiras.
Segundo Fabiano Hessel, coordenador do Centro de Inovação para Cidades Inteligentes e IoT e professor da PUC do Rio Grande do Sul (PUCRS), o valor estimado de negócios gerados por meio dessas tecnologias chega a US$ 70 bilhões no Brasil.
Em termos mundiais, estima-se que o valor de negócios de cidades inteligentes e internet das coisas seja de US$ 4,6 trilhões. O valor atrativo, segundo o especialista, é consequência de uma população cada vez mais conectada.
“Nos próximos quatro anos, teremos 7 bilhões de pessoas no mundo conectadas por meio de dispositivos. A média será de sete dispositivos por pessoa que fornecerão informações constantemente por meio de celulares, relógios, calçados etc.”, completou Hessel.
Os números foram apresentados ontem (31) durante a inauguração do Centro de Inovação para Cidades Inteligentes e IoT, no Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), em Porto Alegre. O espaço é fruto de parceria entre a multinacional chinesa Huawei e a PUCRS, além do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Porto Alegre.

Vantagens e desafios

O evento de inauguração foi acompanhado de debates sobre as vantagens e desafios de se ter uma cidade inteligente e IoT no Brasil.
Entre os principais desafios técnicos apontados pelo especialista está a necessidade de redes disponíveis espalhados por todo o município. A estrutura é primordial para a conectividade dos serviços inteligentes.
Outro motivo que dificulta a entrada de empresas neste mercado é a falta de conhecimento sobre os termos adotados. Segundo Hessel, é comum a confusão entre o significado de cidade inteligente e cidade digital.
“Smart city é uma cidade que percebe o contexto, analisa os dados, levando sempre em consideração o cidadão. Esse tipo de cidade antecipa o que o cidadão quer, fornecendo dados para que ele seja ativo e tomador de decisão. Divulgar dados aleatórios na internet, sem a análise, é ser uma cidade digital”, afirmou.
A estimativa é que a parceria entre universidade e empresas transforme Porto Alegre na primeira capital inteligente do Brasil.
“Criamos uma plataforma aberta para as empresas que desejam participar da transformação em Porto Alegre numa smart city. O sistema está disponível para as empresas interessadas em desenvolver aplicações ou dispositivos para a nossa cidade”, concluiu o professor.

  • A jornalista viajou a convite da Huawei

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