Por que o Brasil está ficando para trás em inovação

Vista aérea de Brasília: pouca compra de produtos tecnológicos pelo governo está entre os fatores da avaliação ruim
Compartilhe

Vista aérea de Brasília: pouca compra de produtos tecnológicos pelo governo está entre os fatores da avaliação ruim
Vista aérea de Brasília: pouca compra de produtos tecnológicos pelo governo está entre os motivos da avaliação ruim

Na edição mais recente do ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que apresentou o pior desempenho, ao perder 18 posições e ficar na 75.ª posição, entre 140 países.
Em inovação, um dos indicadores que compõem o ranking, o tombo foi ainda maior: o Brasil caiu 22 posições, para 84.º lugar.
O trecho do relatório que comenta a situação brasileira não cita inovação:

O Brasil continua em sua tendência declinante, caindo para o 75.º lugar em meio a baixas expectativas de crescimento e deterioração das condições do comércio exterior. O desempenho do País foi desigual entre os componentes do índice. A principal força competitiva do Brasil é seu mercado extremamente grande (7.º). Ele se beneficia de um nível relativamente alto de preparação para a tecnologia (54.º), especialmente no uso de ICT (sigla em inglês de tecnologias da comunicação e da informação), ao lado de empresas sofisticadas (56.º) e de ter registrado uma melhora significativa na qualidade de seu transporte aéreo e infraestrutura (95.º, com alta de 18 posições). Apesar disso, apresentou deterioração em nove dos 12 pilares (que compõem o índice). Com grande déficit fiscal e pressão inflacionária em alta, o desempenho macroeconômico fraco do Brasil (que caiu para 117.º) teve impacto negativo na competitividade do País. Escândalos de corrupção enfraqueceram a confiança nas instituições, tanto públicas (122.º, com queda de 18 posições) quanto privadas (109.º, com queda de 38 posições). Reformas importantes também são necessárias para garantir educação de melhor qualidade (132.º).

Os principais fatores destacados no trecho acima são a piora da situação macroeconômica e o impacto dos escândalos de corrupção.
Além de analisar dados de organismos internacionais a respeito do País, o relatório de competitividade leva em conta entrevistas com líderes empresariais. Isso quer dizer que, além do desempenho do país, a pesquisa retrata a mudança de percepção dos investidores.

Componentes de inovação

No pilar da inovação, a maior queda foi na capacidade de inovação, em que o Brasil perdeu 36 posições, para 80.º lugar. Em seguida, veio a qualidade das instituições de pesquisa, que passou da 50.ª para a 80.ª posição.
Um problema sério do Brasil é a compra de produtos de alta tecnologia pelo governo, em que houve perda de 17 posições, para o 94.º lugar. O País também caiu 17 posições nos gastos de empresas em pesquisa e desenvolvimento, ficando em 60.º.
A pior colocação brasileira em inovação continua sendo na disponibilidade de cientistas e engenheiros, em que o Brasil ficou em 115.º lugar, um abaixo da edição do ano passado.
Foto: Nasa


Compartilhe
Publicação Anterior

Quanto tempo leva para superar uma crise

Próxima Publicação

Estamos perdendo a capacidade de conversar por causa do smartphone?

Veja também

Klecios Souza (e.) e Ricardo Pena (c.) falam sobre cidades inteligentes

Quais são as vantagens das cidades inteligentes

Compartilhe

CompartilheAs cidades inteligentes trazem qualidade de vida aos cidadãos com automação de serviços. Conversei sobre o tema com Klecios Souza, vice-presidente de building da Schneider Electric Brasil, e Ricardo Pena, diretor de pré-vendas e consultoria […]


Compartilhe
Douglas Brito, da Avantia, Edson Matos, da Elissa Village, e Silvio Juppa Jr., da Blanik, falam sobre visão computacional no inova.jor cast

Como a visão computacional ajuda a proteger idosos

Compartilhe

CompartilheA visão computacional pode ajudar a garantir a segurança de idosos. Douglas Brito, gerente comercial da Avantia, Edson Matos, CEO do Elissa Village, e Silvio Juppa Júnior, consultor de implantação da Blanik, conversam sobre monitoramento […]


Compartilhe
Cadu Sarkovas, da Thinkseg, e Wilson Leal, da Tokio Marine, no Start Eldorado / Divulgação

Start Eldorado: Como está a digitalização dos seguros

Compartilhe

CompartilheO mercado de seguros passa por mudanças profundas trazidas pela digitalização. Na quarta-feira (12/9),  Wilson Leal, diretor de Tecnologia da Tokio Marine, e Cadu Sarkovas, cofundador e diretor de Operações da Thinkseg, conversaram sobre o […]


Compartilhe