Huawei: ‘O 5G vai além da conectividade do usuário’

Rubens Milito, da Huawei, fala sobre 5G / inova.jor
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A quinta geração das comunicações móveis (5G), que se encontra em período de testes no Brasil, permite novas aplicações que transcendem a conectividade do consumidor.

Rubens Milito, especialista de Novos Negócios da Huawei, falou sobre as possibilidades da tecnologia e sobre a situação do 5G no mundo.

“Há um entendimento de que vamos evoluir para o 5G, conseguindo atender um mercado que não é simplesmente o mercado de conectividade do usuário”, explicou Milito, à Conexão Huawei. “Estamos falando de atender outras indústrias, com necessidades que não eram atendidas antigamente, ou não de uma forma tão ampla.”

Ele citou um exemplo de telecirurgia na China, em que o médico operou um paciente a uma distância de 3 mil quilômetros. “Ele usou a rede 5G para fazer uma cirurgia remota. É um case que sai totalmente do mundo de smartphone.”

Lançamento

A Huawei já tem mais de 30 contratos assinados no mundo para instalar redes 5G, com cerca de 25 mil estações radiobase. Também fez vários pilotos, com testes em redes comerciais, na Ásia e na Europa.

“No Brasil foi bem interessante. Tivemos o primeiro piloto, o primeiro teste de 5G fim a fim, com a Telefônica. No final do ano, testamos com a Claro e a Telefônica novamente uma solução de vídeo em 4K sobre 5G, praticamente uma rede real”, destacou Milito.

Segundo o executivo, neste primeiro semestre, no Brasil, continua o trabalho iniciado no ano passado, junto à Anatel e às operadoras, de validação do espectro.

“Estamos fazendo testes em conjunto para garantir a existência do sistema de satélite com o sistema da rede móvel na faixa de 3,5 GHz, que é conhecida como banda C”, explicou. “Já houve sinalização da Anatel de que, no ano que vem, no primeiro semestre, vai acontecer o leilão.”

Computação de borda

O 5G deve trazer dispositivos com soluções mais avançadas de tecnologias como inteligência artificial.

Além disso, a tendência de computação de borda (edge computing) começa a tornar o processamento e o armazenamento da informação mais próximos do usuário.

“Daí não precisa de um requerimento de celular tão pesado”, explicou Milito. “O usuário vai poder tirar uma foto, gravar um vídeo, e mandar diretamente para a nuvem. Isso tende a enxugar um pouco o celular, o que pode no futuro potencializar uma queda de custo.”

Para saber mais sobre o 5G, assista à entrevista em vídeo de Rubens Milito à Conexão Huawei.


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