Como o wi-fi detecta o comportamento das pessoas

Wi-fi pode ser usado para identificar hóspedes em hotéis / Renato Cruz/inova.jor
Compartilhe

Wi-fi pode ser usado para identificar hóspedes em hotéis / Renato Cruz/inova.jor
Wi-fi pode ser usado para identificar hóspedes em hotéis / Renato Cruz/inova.jor

Não há mais volta. Estamos conectados 24 horas por dia, sete dias por semana.

Logo pela manhã, uma de nossas primeiras atividades ao acordar – se não for a primeira – é checar o celular para saber as notícias, verificar os posts mais recentes de nossa rede de contatos e até dar uma rápida conferida no e-mail corporativo.

Essa rotina se estende o dia inteiro, seja no trânsito, no salão de embarque do aeroporto, na sala de espera do médico, na recepção do hotel ou na academia de ginástica.

Em meio a essa rotina, a utilização do wi-fi em alguns desses estabelecimentos acaba se tornando inevitável.

Ao fornecer seus dados para acesso à rede, suas informações pessoais ficam armazenadas no sistema e, desta forma, as empresas podem utilizá-las para conhecer seus hábitos e preferências, personalizar serviços e melhorar a sua experiência.

Esses dados gerados no mundo todo crescem rapidamente, mas somente 0,5% do total acaba sendo analisado.

Ou seja, 99,5% deles nunca foram explorados por soluções de big data e inteligência artificial.

Análise e interpretação

Mas como a simples utilização desses dados pode ter todo esse poder?

Ocorre que os dados por si só não são suficientes para expressar algo.

Para terem um significado útil e relevante e conseguirem detectar hábitos e comportamentos dos usuários eles passam por uma análise minuciosa e interpretativa, graças à inteligência artificial que, aliada ao aprendizado de máquina (machine learning) e ao aprendizado profundo (deep learning), é aplicada à rede wi-fi e atua no enriquecimento dessas informações.

Tanto o machine learning como o deep learning conseguem, por meio da informação, individualizar a experiência do usuário final e fornecer um diferencial estratégico para o estabelecimento por meio da utilização de big data.

Aliado ao reconhecimento facial o enriquecimento de dados pode, por exemplo, facilitar a realização do check-in em um hotel com câmeras inteligentes. realizando uma checagem preliminar.

Assim que o hóspede chega ao hotel a tecnologia o reconhece automaticamente.

Logo em sua primeira abordagem o recepcionista poderá disponibilizar o quarto que esse cliente costuma utilizar, seu prato predileto e até o vinho de sua preferência.

Ele também não precisa perder tempo preenchendo a ficha cadastral, pois o hotel já terá essas informações atualizadas em tempo real.

Para quem acha essa realidade muito distante, já existem hotéis de bandeira internacional no país que oferecem essa comodidade exclusiva a seus clientes.

Mobilidade

Com o avanço da tecnologia, o wi-fi deixou de ser apenas utilizado para conexão à internet, tornando-se um sensor de informações com diferentes vias de entendimento: a mobilidade, que pode ser indoor ou outdoor, o enriquecimento de dados e a consequente aplicação da inteligência artificial sobre as informações enriquecidas e trabalhadas dentro do ecossistema.

A mobilidade indoor é como o fluxo de pessoas em um local de grande concentração de público e, neste espaço, o usuário não precisa nem sequer estar logado em uma rede para que a empresa ou administradora tenha acesso à sua movimentação.

Por meio da geração de um mapa de calor pode-se visualizar dados de densidade de pontos e se obter uma visão geral do comportamento dos visitantes para então aprimorar as estratégias de vendas e publicidade.

Já a mobilidade outdoor diz respeito ao fluxo externo dos usuários, seja ao saírem do transporte público ou entrarem em uma loja de departamentos.

Com isso, a empresa conhece o percentual de pessoas que frequentam aeroportos e rodoviárias ou quem vai apenas ocasionalmente a uma lanchonete ou a um posto de gasolina.

Portanto, não se surpreenda se na próxima vez que chegar ao seu hotel preferido o recepcionista já tiver reservado seu quarto tradicional, agendado a sua habitual massagem no spa e providenciado um cardápio exclusivo de um renomado chef francês com seu prato favorito.

Sinal dos tempos.


Compartilhe
Publicação Anterior

Fundación Mapfre premia projetos de inovação social

Próxima Publicação

CPFL Energia seleciona projetos de inovação

You might be interested in …

O jornalista Renato Cruz comenta uma pesquisa da Amdocs sobre chatbots

O que você acha de ser atendido por robôs?

Compartilhe

Compartilhe O jornalista Renato Cruz comenta uma pesquisa da Amdocs sobre chatbots. Oitenta e dois por cento dos entrevistados no Brasil preferiam ser atendidos por humanos. Assine o canal do inova.jor no YouTube. Compartilhe


Compartilhe
A WeWork planeja ter seis unidades no Brasil até o final deste ano / Renato Cruz/inova.jor

O que fazer para sua empresa online dar certo

Compartilhe

CompartilheLancei no dia 13 de setembro o livro Internet Heroes Brasil: As empresas nacionais que constroem um novo mercado trilionário, com apoio da Associação Brasileira O2O (ABO2O). A ideia do texto, publicado pela Editora Geração […]


Compartilhe