O que fazer para sua empresa online dar certo

A WeWork planeja ter seis unidades no Brasil até o final deste ano / Renato Cruz/inova.jor
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Internet Heroes Brasil: Aplicativos vieram reduzir democratizar serviços no toque da tela do celular, escreve Pedro Zambarda / Renato Cruz/inova.jor
Aplicativos vieram reduzir democratizar serviços no toque da tela do celular, escreve Pedro Zambarda / Renato Cruz/inova.jor

Lancei no dia 13 de setembro o livro Internet Heroes Brasil: As empresas nacionais que constroem um novo mercado trilionário, com apoio da Associação Brasileira O2O (ABO2O).
A ideia do texto, publicado pela Editora Geração Editorial/Jardim dos Livros foi mapear, 11 empresas O2O – companhias que trabalham do online para o offline.
Quais são alguns dos exemplos de empresas deste setor?
A mais conhecida internacionalmente é a Uber, que entrou em choque direto com os taxistas.
No entanto, no Brasil temos iFood, Peixe Urbano, Loggi, TruckPad e outras, em diferentes setores que vão desde caminhoneiros, passando por e-commerce e chegando até no delivery de comida.
Para entender o espírito do O2O, separei 10 dicas para que sua empresa online dê certo e faça sucesso segundo o livro. Confira.

1. Conheça os profissionais do setor que você pretende integrar

Internet Heroes BrasilA 99, que é o maior app de taxistas no Brasil, implantou seus serviços conversando com motoristas e verificando que cada vez mais eles ganhavam acesso aos smartphones.
Então assim eles aderiram ao aplicativo para adquirir novos clientes.
Negócios O2O se baseiam em mercados offline que já existem. Então é necessário conversar com profissionais que integram o setor em que você pretende atuar.

2. Tenha precauções com direitos autorais e patentes

Carlos Mira, o criador do TruckPad, trabalhou em transportadora de caminhões e viveu de perto o cotidiano desses profissionais.
No entanto, só criou de vez seu aplicativo para motoristas autônomos de carga quando patenteou o produto e se precaveu juridicamente na empreitada.
Recentemente, seu serviço atingiu 500 mil profissionais, cerca de 5%, mas já na primeira semana surgiram cópias do app.

3. Não tenha medo de reduzir custos

Na fase mais aguda da crise econômica, Cristiano Soares, do Vaniday, app de serviços de beleza e salões de cabeleireiro, não teve medo de reduzir os custos de sua nova empresa.
Transformou a casa de sua mãe no escritório do serviço e integrou profissionais offline com um sistema criado com poucos recursos.
No começo do segundo mandato de Dilma Rousseff, antes do impeachment, o Vaniday abriu filiais fora do Brasil, graças à gestão inteligente praticada desde o começo.

4. Não tenha medo de mudar de foco

Alex Tabor e Julio Vasconcellos criaram o Peixe Urbano embarcando no fenômeno das compras coletivas, vendendo tíquetes de desconto em diferentes estabelecimentos.
Começaram numa empresa carioca chamada Lagoa Aventuras, de arvorismo, e ganharam os holofotes da mídia.
Quando diversos serviços passaram a fazer o que eles já faziam, o Peixe decidiu mudar para e-commerce em geral e evitou a perda de público. Mudar de foco com inteligência exige visão de mercado.

5. Participe de eventos focados em startups

No livro, eventos como Startup Weekend e iniciativas do Google no Brasil contribuíram para a construção de algumas ideias de aplicativos. A melhor forma de saber que sua empresa vai dar certo ou não é submetê-la à crítica de outros empreendedores.

6. Crise é oportunidade, não impedimento

Apps como GetNinjas mostram que a crise econômica brasileira é uma oportunidade, não uma barreira no empreendedorismo digital.
O software permite conectar profissionais terceirizados, desde pedreiro de obras até programadores. Com o aumento de trabalhadores autônomos na recessão econômica, o GetNinjas transformou a crise em novo mercado.

7. Mapeie possíveis investidores

Ter boas ideias e mostrá-las em eventos é importante, mas é importante também ter uma ideia de onde tirar o capital inicial.
Investidor é um agente mais seguro para tronar negócios digitais uma realidade.
Como os O2O são iniciativas mais baratas, muitos podem ser atraentes para receber dinheiro pelo potencial de crescimento. Um bom exemplo é o Vaniday, de Cristiano Soares, que recebeu ajuda da Rocket Internet, companhia alemã.

8. Tente crescer conforme as necessidades do mercado

A grande vantagem de negócios O2O é que você não precisa criar um mercado consumidor. Ele já existe e busca facilidades.
Negociando com quem já está no setor, com menos de 10% de fatia de mercado você já consegue se estabelecer no mercado. O potencial de crescimento é de 95% e sua empresa só precisa disputar com os concorrentes digitais.

9. Não tenha medo de ousar

Pedro Zambarda / Divulgação
Pedro Zambarda / Divulgação

Loggi é uma empresa O2O que não teve medo de criar um ramo de negócio que não existia.
Visando a democratização na contratação de motoboys, o aplicativo permite que pessoas físicas contratem o serviço de entregas, saindo da exclusividade corporativa. Isso é não ter medo de ousar dentro do próprio setor.

10. Democratize por meio da tecnologia

Embora lide com um mercado de luxo como a moda, o aplicativo Dress and Go visa trazer o melhor preço de vestidos de marcas para o consumidor final.
O iFood já atende 10 dos 26 estados brasileiros, conectando restaurantes de diferentes modalidades e aumentando as vendas dos estabelecimentos.
Os apps vieram para cortar custos e aumentar o alcance. Ou seja, democratizar serviços no toque da tela do celular.


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