O que os bots têm a ver com a transformação digital

Brasileiros têm concentrado comunicação em aplicativos como o WhatsApp
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Bots em aplicativos de mensagens como WhatsApp são a aposta do mercado nacional / Edu Alpendre/Creative Commons
Bots em aplicativos de mensagens como WhatsApp são a aposta do mercado nacional / Edu Alpendre/Creative Commons

Os bots são uma das apostas do mercado brasileiro para a transformação digital das empresas. Esses robôs de bate-papo substituem atendentes humanos em operações repetitivas de acesso à informação.
O tema foi debatido durante o Bots Experience Day, hoje (20/03) em São Paulo.
Os bots tornaram-se famosos no ano passado com a divulgação do ChatBot, uma funcionalidade do Facebook que permite a conversa entre clientes e empresas por meio do Messenger.
O Brasil está entre os mercados mais promissores para o uso da tecnologia, segundo os especialistas. Isso porque, o País possui os usuários mais frequentes de aplicativos de mensagens instantâneas.

Usuários brasileiros

É o que diz a pesquisa sobre o Panorama da Mensageria no Brasil, concluído em fevereiro e apresentado no evento pela Mobile Time.
Segundo a pesquisa, 92% dos brasileiros usam WhatsApp todos os dias, seguido do Facebook Messeger (46,5%) e do Telegram (26,9%).
Quando são perguntados de possível interação com empresas por meio desses aplicativos, a pesquisa aponta que 76,3% dos usuários gostariam de fazê-lo pelo WhatsApp e 60,3% por meio do Facebook Messenger.

Transformação digital

Roberto Oliveira, presidente da Take, acredita que os bots nesses dois aplicativos de mensagens podem ajudar as empresas tradicionais.
“Os chatbots vão destravar o processo de transformação digital das empresas. Através deles é possível digitalizar a comunicação das grandes empresas e assim começar a transformação”, disse.
Entre os parceiros da Take, o Twitter é umas das empresas que mais tem apostado na tecnologia para se modificar.
Daniel Carvalho, diretor de desenvolvimento de novos negócios do Twitter para a América Latina, acredita que a tecnologia, junto com a internet das coisas, será responsável por novos mercados nos próximos anos.
“Com os bots é possível dar uma boa experiência para o usuário, assim como acontece com aplicativos. A diferença é que é muito mais barato fazer um bot, que não exige que se faça download para ser usado e não ocupa espaço no celular do usuário”, disse Carvalho.

Modelos de negócio

As formas de ganhar dinheiro com os bots ainda não foram totalmente estruturadas.
O Twitter, por exemplo, oferece serviços automatizados de forma gratuita para as empresas com perfis na rede social.
“Monetizamos com a promoção dos tweets. As empresas promovem ações e nos pagam para que essas ações sejam vistas”, completou.
Para Oliveira, o melhor modelo ainda é a cobrança de uma taxa usuário ou ainda por mensagens enviadas. “A primeira opção visa a experiência do cliente e é sem dúvida melhor”


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