São Paulo foi a cidade escolhida pelo Google para abrigar o primeiro coworking da empresa na América Latina. Com mais de 7,1 mil inscritos, o espaço abrirá as portas na próxima segunda-feira (13/6), somando-se a outros ambientes patrocinados pela multinacional e voltados exclusivamente para empreendedorismo que existem ao redor do mundo.
O prédio escolhido fica a poucos passos da Avenida Paulista. Em 2,6 mil metros quadrados, é possível ter acesso a dois auditórios, bicicletário, chuveiros e vestiários, área para amamentação e dois andares para encontros num café.
O acesso ao espaço fica por conta de um cadastro feito pela internet. Qualquer interessado pode se tornar membro do coworking de forma gratuita, sem passar por processos de seleção.
Startups residentes
Três andares do prédio foram criados para startups residentes. Cada andar possui quatro salas de reuniões, copa completa e mesas de trabalho disponíveis para uso 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana.
Para se tornar residente, é necessário fazer inscrição da startup e passar por processo seletivo. André Barrence, diretor do Campus São Paulo, ressalta as vantagens em ser residente do coworking.
“Por seis meses, os residentes vivem uma experiência mais profunda e totalmente sem custos. Eles terão acesso ao espaço e a toda malha de contatos do Google. Ir a eventos em outro Google Campus no mundo ou participar de palestras e eventos exclusivos são apenas algumas vantagens”, explica Barrence.
A estimativa é que 10 startups participem do primeiro time de residentes. Entre os principais critérios de seleção estão inovação, solução de grandes problemas e diversidade na equipe da empresa.
Fornecer todos os serviços gratuitos, assim como abrir as portas para membros da sociedade cadastrados é pioneirismo do campus de São Paulo.
Nas outras cinco cidades-sede (Londres, Tel Aviv, Seul, Madri e Varsóvia), é necessário pagar uma taxa para usar o espaço do Google.
Barrence afirma que a isenção de taxas e mensalidades faz parte da estratégia da empresa.
“O Google estuda a situação socioeconômica de cada país antes de criar um espaço como esse. Queremos trazer para cá as melhores startups e ideias, não os melhores e que conseguem pagar”, explica o executivo.
Segundo Barrence, tanto membros quanto residentes não possuem vínculo direto com o Google. Contratos pós-uso do coworking, porcentagem nos lucros ou exclusividade no uso de tecnologias são obrigações descartadas pela companhia.
Empresas conhecidas no mundo do empreendedorismo também participam do projeto. Startup Farm, Google Launchpad Accelerator, Techstars e Brazil Innovators possuem espaços fixos no prédio.
“É possível ser membro, vir tomar uma café na nossa área de lazer e sair daqui com um investidor para a sua startup”, completa Barrence.
O espaço funcionará a membros cadastrados de 9 horas a 19 horas, de segunda à sexta. Auditórios podem ser reservados gratuitamente para eventos. As únicas obrigações são que o evento seja relacionado a empreendedorismo e não haja cobrança de entrada.