‘Brasil precisa criar centros tecnológicos’, diz presidente da Vivo

Amos Genish, da Vivo, diz que empresas precisam ser mais inovadoras
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Amos Genish, da Vivo, diz que empresas precisam ser mais inovadoras
Amos Genish, da Vivo, diz que empresas precisam ser mais inovadoras / Renato Cruz/Inova.jor

“O Brasil precisa criar centros tecnológicos aqui”, afirmou ontem Amos Genish, presidente da Vivo, durante a inauguração da nova sede da Wayra, aceleradora de startups do grupo espanhol. “Para saírem da crise, as empresas brasileiras precisam inovar mais, para se tornarem mais competitivas.”
Segundo Genish, não falta competência aos profissionais brasileiros. “Temos projetos aqui que poderiam ser referência mundial.” Para o executivo, as explicações passam mais por problemas estruturais, como a falta de capital de risco disponível para as empresas.
Genish tem uma trajetória interessante como empreendedor. Ele começou em Israel, país em que nasceu e que tem uma densidade de startups por habitantes maior que a Califórnia. Depois, se mudou para os Estados Unidos, onde criou e vendeu uma empresa de software.
Genish veio para o Brasil para fundar a GVT, a única entre as chamadas empresas-espelho a dar certo. As empresas-espelho foram criadas para competir com as operadoras que pertenciam ao Sistema Telebrás e depois foram privatizadas.
O executivo manteve-se no comando da GVT depois de a empresa ser comprada pela francesa Vivendi e, quando a operadora foi vendida novamente, para a Vivo, Genish assumiu o comando do grupo espanhol no Brasil.

Espaços de crowdworking

A Vivo anunciou uma parceria com o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e com a Ericsson para a criação de um espaço de “crowdworking” em Santa Rita do Sapucaí (MG), onde o Inatel está sediado.
Nesse espaço, empreendedores poderão desenvolver seus projetos, nas áreas de internet das coisas e redes. Ele receberá empresas que ainda não estão maduras o suficiente para participar da aceleradora Wayra.
O crowdworking e a Wayra fazem parte do programa global Telefónica Open Future, assim como os fundos Amerigo e Telefónica Ventures.
A Vivo e seus parceiros oferecerão infraestrutura, suporte técnico e mentoria para as empresas do crowdworking. A ideia da empresa é ter dezenas de espaços como esse espalhados pelo Brasil, com vários parceiros.
Segundo Renato Valente, gerente geral da Telefónica Open Future Brasil, 54 empresas já passaram pela aceleradora no país. O faturamento das empresas aceleradas passou de R$ 8,5 milhões em 2014 para R$ 40 milhões no ano passado.
Valente destacou a Trocafone, que vende celulares usados, como a maior startup que já passou pela Wayra. A empresa expandiu sua operação para a Argentina.
A Wayra está instalada no segundo andar do edifício da Vivo na Rua Martiniano de Carvalho, na Bela Vista, em São Paulo.
 


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