Executivos de grandes companhias reuniram-se na segunda edição da mesa-redonda virtual Segurança e Eficiência na Nuvem, realizado em 18 de junho pelo inova.jor, com apoio da Unisys e da Microsoft.
Entre os pontos levantados, alguma certezas se firmaram, como a consolidação do home office, e outras discussões se aprofundaram em torno dos melhores procedimentos na jornada rumo à computação em nuvem.
Tatiana Medina, CIO da Klabin, relatou a experiência da empresa, que desenvolve atividades distintas como a operação industrial e o manejo florestal.
Ela destacou que a nuvem é base da Indústria 4.0. “Quem nos dá a capacidade de processamento e armazenamento necessária é a nuvem”, diz Tatiana.
Já a administração da floresta exige a combinação de recursos tecnológicos como rádio, drones e satélites para superar as carências dos serviços de telecomunicações em áreas remotas.
E, em tempos de pandemia, tornaram-se essenciais investimentos em programas de saúde para funcionários que não podem deixar o campo.
Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco, destacou a necessidade de integração entre tecnologia e negócios nas decisões sobre nuvem.
“Já tomamos a decisão de ir para a nuvem pública”, explica. “Não faz parte do nosso negócio montar infraestrutura.”
Até 2018 o Banco Central não permitia o uso de nuvens públicas. Ele observa, ainda, que a migração sempre é movida por um propósito, por um problema a ser resolvido.
Guilherme Artuso, cloud consulting director da Unisys Latin America, também reforçou que a decisão não se encontra somente na área de tecnologia.
É preciso saber que a migração vai mudar muito a forma como as pessoas costumam trabalhar. “Além disso, tem de ficar muito claro qual o retorno que se espera, seja propriamente financeiro, seja por meio de ganhos de produtividade.”
Metodologia de migração
Para Renato Guimarães, cloud solution architect leader para a América Latina da Microsoft, entender o negócio é o ponto de partida para qualquer migração para a nuvem.
“Hoje temos uma metodologia se chama cloud adoption framework e consiste em educar cada vez mais nossos parceiros”, conta. “E o principal ponto dessa tecnologia começa com um bom entendimento do negócio. Depois disso há uma sequência de fases que, dependendo da prioridade do negócio e seus objetivos, leva à escolha de um determinado processo.”
Carlos Abramo, cloud solution architect leader da Microsoft, lembrou da necessidade de preparação das pessoas.
“A empresa tem um propósito e uma tecnologia, mas como ela consegue preparar seu time operacional para trabalhar melhor com essas ferramentas e tecnologias?”, questiona.
“Se esse ponto de cultura não for levado em consideração, a tecnologia pode ser a melhor, mas o projeto não decola.”
Segurança na nuvem
Maurício Cataneo, presidente da Unisys Brasil e CFO para América Latina, recomendou cuidado com a segurança cibernética:
“O número de ataques cresceu de forma absurda durante a pandemia porque não temos o nível de proteção corporativa em nossas redes de casa. Estamos acessando e concorrendo com infraestrutura caseira para testar nossas aplicações, servidores corporativos e sistemas de alta complexidade. O risco está aí.”
O webinar teve moderação do jornalista Renato Cruz.
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