Sem dúvidas, os últimos acontecimentos, especialmente com o surgimento da pandemia global, têm nos afetado de diversas maneiras.
De certa forma, têm feito cada um de nós pensar em como podemos usar nossas habilidades e conhecimentos individuais para impactar o coletivo.
Eu, particularmente, estava refletindo em como o conceito de inovação aberta pode ajudar a melhorar (e até salvar) a vida das pessoas durante essa pandemia.
Convido você a acompanhar minha linha de raciocínio e entender como esse tema é tão relevante para o momento que estamos vivendo.
Normalmente, numa organização, as pessoas que estão nas pontas dos processos, como uma fábrica ou atendimento ao cliente, são constantemente expostas a diversas situações do dia a dia que mais ninguém é e, por não haver nenhum estímulo para que elas possam expor suas próprias ideias em prol das dores que elas sabem que existem, muitas oportunidades de melhorias simplesmente passam despercebidas.
A verdade é que nem sabemos de fato qual o impacto desses desperdícios.
Coletando ideias
Porém, na saúde, sabemos que esses impactos podem salvar vidas.
Por exemplo, os profissionais da linha de frente, que estão fazendo o seu melhor neste momento para cuidar e atender a todos nós, estão passando por muitas coisas que nem podemos imaginar.
Eles têm vivência, sabem onde existem oportunidades para melhoria e precisam ser ouvidos ainda mais.
Quantas soluções de melhorias significativas poderiam surgir nos atendimentos aos pacientes, nos cuidados à saúde em relação aos tratamentos da covid-19, na diminuição da propagação do vírus, assim por diante, se eles tivessem a chance de expor suas ideias numa estrutura organizada?
Sem dúvidas, eles teriam contribuições valiosíssimas, se sentiriam ainda mais valorizados e os resultados positivos poderiam ser inúmeros.
Ideias viram negócios
E, se fossemos além e juntássemos, além dos profissionais da linha de frente, todos os players do ecossistema de saúde e as partes interessadas como os laboratórios, hospitais, operadoras, órgãos do governo, corporações, healthtechs, institutos de pesquisas, até mesmo nós como cidadãos/pacientes, e permitíssemos que todos cocriassem e trabalhassem de maneira colaborativa em prol de uma solução para tudo isso?
Sem dúvidas, os resultados e impactos seriam ainda maiores.
É disso que se trata a inovação aberta. O termo foi criado por Henry Chesbrough, professor da universidade de Berkeley, e ele o define como sendo:
O uso de fluxos de conhecimento internos e externos para acelerar a inovação interna e expandir os mercados para o uso externo de inovação, respectivamente.
Em outras palavras, é poder escutar internamente e externamente todos os stakeholders e permitir que tragam inúmeras ideias de aperfeiçoamento ao setor.
No caso da saúde, é poder ampliar a quantidade de soluções que realmente agregam valor (e que podem ser vitais) por meio da visão de todas as pessoas envolvidas diretamente no cuidado do bem-estar da sociedade como um todo.
É usar os conceitos de inovação em prol de melhorar a experiência do paciente, o atendimento médico e tantos outros processos que envolvem vidas.
Imagine Inovação
Com base nisso, aqui no Grupo FCamara – empresa de TI especializada em transformar desafios de tecnologia em soluções digitais inovadoras -, além de nós termos uma forte vertical de saúde, temos utilizado nossa plataforma de colaboração de ideias, o Imagine, para ajudar as empresas a darem voz a todos os profissionais, especialmente os que estão nas linhas de frente e nas pontas dos processos, a fim de que tragam à tona oportunidades inovadoras e insights relevantes que tragam um valor real.
Eu realmente acredito no impacto que a tecnologia e inovação podem trazer à saúde e concluo dizendo que, se fizermos nossa parte e estendermos nossa mão para ajudarmos uns aos outros, realmente podemos transformar as dificuldades atuais em experiências melhores.
- Bruna Souza, executiva de Novos Negócios no Grupo FCamara