Capacitação é desafio para competir no futuro digital

É crescente a necessidade de capacitação na área digital/ Unsplash
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É crescente a necessidade de capacitação na área digital/ Unsplash
É crescente a necessidade de capacitação na área digital / Unsplash

De acordo com pesquisa realizada recentemente pela consultoria global Gartner, a inteligência artificial e tecnologias como assistentes virtuais e robôs comporão 69% da força de trabalho em posições gerenciais até 2024. 

Sob essa perspectiva, a mesma consultoria prevê:  em 2022, dois anos antes, a integração e entrega de atividades usando a Robotic Process Automation (RPA), que recorre a softwares de robôs para automatizar tarefas e processos,  deverá apresentar um crescimento anual e global muito significativo – de cerca de 40% na esteira da transformação digital.

Um caminho sem volta a negócios e indústrias de diversos setores. 

O cenário serve para justificar a opinião da maioria dos líderes consultados em um outro importante estudo, o The Future Of Work Is Still Being Written – But Who is Holding the Pen? (O Futuro do Trabalho Ainda está sendo Escrito – Mas Quem Segura a Caneta?), realizado em 2019 pela Forrester Consulting e divulgado este ano: 66% dos profissionais consultados previam aumentar em ao menos 5% os investimentos em tecnologia RPA em um intervalo de 12 meses.

Mas, para 81% deles, não sem antes transpor a condição primordial ao sucesso da era da automação empresarial: capacitar empresas e colaboradores para a simbiose entre homem e máquina. 

Estatísticas de demanda

Graciela Arguelles, da UiPath / Divulgação

Embora estes estudos tenham sido feitos antes da disseminação mundial do coronavírus, a crise atual endossa essas e outras projeções que colocam a automação de processos como uma das principais tendências para o trabalho nas próximas décadas, e como razão ao desenvolvimento de novas competências profissionais.

São inúmeros os cases de empresas e indústrias que recorrem hoje à RPA para ganhar agilidade, gerir o trabalho remoto e manter a produtividade mesmo frente às consequências sociais e econômicas da covid-19. 

Para se ter uma ideia, em apenas 21 dias após a UiPath ter aberto gratuitamente o acesso ao seu Hub de Automação, para ajudar empresas a identificar processos passíveis de serem automatizados em meio à crise, mais de 100 acordos de implementação do Hub foram firmados. 

Em seu relatório sobre empregos emergentes de 2020, o LinkedIn já classificara a posição de engenheiro de robótica como a segunda mais requisitada no ranking dos 15 principais empregos emergentes nos EUA, com uma taxa de crescimento anual de 40%. 

É a mesma posição que o cargo Desenvolvedor de RPA ocupa no levantamento da Digital House feito no início deste ano com as consultorias Catho, Talenses, Hays, Revelo, Michael Page, Page Personnel e Stato para os 15 mais cobiçados e bem pagos cargos em tecnologia.

E não é para menos: a projeção é a de que a inteligência artificial e a automação criem mais de 100 milhões de novos empregos nas próximas décadas, em todo o mundo. 

Capacitação

Assim, é preciso estar preparado para as oportunidades.

Mas como capacitar essa mão de obra? Com base na experiência da Uipath Academy, que já treinou mais de 500 mil profissionais em 3 anos, conheça abaixo quatro premissas para a formação para o trabalho com RPA na transformação digital. 

  • Acessibilidade – o ideal é que o programa de capacitação seja acessível à empresa e colaboradores, oferecendo a possibilidade do treinamento remoto além do presencial, sempre de forma supervisionada e segura. 
  • Multidisciplinaridade – a capacitação deve considerar as diferentes posições necessárias ao desenvolvimento de um Centro de Excelência em RPA na empresa, com funções como: desenvolvedores de RPA, arquitetos de solução, engenheiros de infraestrutura, gerentes de implementação e analistas de negócios. 
  • Degraus para a certificação – os treinamentos devem oferecer diferentes níveis de certificação para testar tanto habilidades básicas requeridas pela plataforma RPA quanto as mais avançadas, exigidas de colaboradores técnicos, como desenvolvedores de RPA ou arquitetos de soluções.  Os exames devem ser práticos e constantemente atualizados para validar a capacidade de profissionais de projetar e desenvolver soluções complexas de RPA em ambientes empresariais. 
  • Aprendizado personalizado – oferecer a chance de o profissional desenvolver habilidades específicas em RPA, sob demanda, é um diferencial da capacitação. Afinal, as empresas possuem particularidades na automação de processos. Estes cursos devem ser rápidos e envolver especialistas.  É com este intuito que a UiPath oferece, por exemplo, o Reboot Your Skills Program. 

A capacitação profissional para o novo cenário mundial é, portanto, mais do que nunca, urgente e premissa de sucesso e de competitividade. 

  • Graciela Arguelles é vice-presidente da UiPath para a América Latina.

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