A Huawei Brasil tem uma operação pioneira, na corporação, de logística reversa de eletrônicos. A atividade está de acordo com a Agenda 2030, das Organizações das Nações Unidas (ONU), que define um conjunto de objetivos de desenvolvimento sustentável.
Entre as metas definidas pela Agenda 2030 está “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”.
“A Huawei já vinha avaliando globalmente como se harmonizar com esses objetivos”, explica Andrei Risso, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Huawei. “Aqui no Brasil, isso teve de ser acelerado por causa da política nacional de resíduos sólidos, que fez com que todas as fabricantes de eletroeletrônicos tivessem de aderir a um programa de logística reversa.”
Em parceria com a Reciclo Inteligência Ambiental, a Huawei criou em 2015 um programa de logística reversa que já processou mais de 850 toneladas de resíduos.
“Muitos eletrônicos contêm substâncias que são prejudiciais ao meio ambiente”, destaca Risso. “Com a reciclagem, criamos uma economia circular. A grande maioria desses produtos possui em sua composição commodities que podem ser reutilizadas, incluindo metais preciosos como ouro, paládio e cobre.”
Economia circular
O programa da Huawei engloba três vertentes. A primeira delas é a reciclagem de componentes, peças e materiais utilizados no processo produtivo da empresa.
A segunda vertente é voltada aos clientes empresariais, como grandes data centers, operadoras de telecomunicações, bancos e usinas de produção de energia solar.
A terceira diz respeito ao consumidor final. A Huawei está lançando celulares no Brasil neste ano, e seu programa de logística reversa dar uma destinação a esses aparelhos no fim de sua vida útil, para que o descarte não afete negativamente o meio ambiente.
Alguns materiais, como placas eletrônicas, são exportados. Outros, como plásticos, são reciclados localmente.
Pelo seu pioneirismo, a operação brasileira acabou se tornando benchmark para a empresa em outras partes do mundo, e sendo premiada pela matriz.
Normativa RoHS
Risso ressalta também a aderência da Huawei à normativa europeia RoHS (sigla em inglês de redução de substâncias perigosas).
“Nem existe ainda no Brasil essa normativa, que obriga as empresas a reduzirem e zerarem a utilização de substâncias perigosas na produção de seus equipamentos”, diz o executivo. “Globalmente, a Huawei já tem todos os equipamentos em conformidade com a RoHS e, consequentemente, estamos acompanhando aqui o desenvolvimento da normativa com a Associação Brasileira de Normas Técnicas.”
Para saber mais sobre economia circular e sustentabilidade, assista à entrevista em vídeo com Andrei Risso à Conexão Huawei.