William Kamkwamba tinha 14 anos quando construiu sua primeira turbina eólica, num vilarejo do Malaui, na África.
O menino tinha sido obrigado a abandonar o ensino médio, depois de seus pais não conseguirem pagar as mensalidades.
Ele conseguiu construir o equipamento a partir de peças encontradas num ferro velho e um livro chamado Using Energy, disponível na biblioteca da vila.
Baseado nessa história real, o filme O menino que descobriu o vento, produzido pela Netflix, é uma ode à ciência e tecnologia.
Ele mostra como tecnologias já conhecidas podem revolucionar a vida de comunidades carentes.
A vila em que vivia Kamkwamba era formada por pequenos agricultores. Seu pai e seus vizinhos enfrentavam uma crise causada pela seca.
No filme, o menino usa a turbina eólica para alimentar uma bomba d’água e criar um sistema de irrigação para a sua vila.
Na vida real, a primeira turbina eólica criada pelo jovem levou energia elétrica para a sua casa, alimentando quatro lâmpadas e dois rádios.
O equipamento que forneceu água potável para a vila foi um projeto posterior.
Antes de criar sua primeira usina eólica, Kamkwamba consertava rádios de seus vizinhos.
Autobiografia
Dirigido por Chiwetel Ejiofor (que também interpreta o pai do protagonista), O menino que descobriu o vento foi baseado numa autobiografia de Kamkwamba, publicada em 2009.
Ele ficou conhecido pela comunidade internacional ao participar da conferência TEDGlobal 2007, na Tanzânia (o vídeo está abaixo).
Com a visibilidade conquistada na conferência, Kamkwamba conseguiu apoio para terminar o ensino médio em Linlongue, capital do Malaui.
Depois disso, recebeu uma bolsa para estudar no Dartmouth College, nos Estados Unidos, onde se formou em Estudos Ambientais.
O filme O menino que descobriu o vento mostra como um menino conseguiu, com seu talento para a engenharia, enfrentar problemas como a fome e a falta de recursos e mudar a vida de toda uma comunidade.
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