Diferentemente de 2017, foi difícil escolher os 10 melhores filmes do ano.
Alguns dos longas-metragens foram lançados antes fora do Brasil, mas chegaram por aqui somente em 2018.
Para quem gosta de terror e suspense foi um ano especialmente bom.
Segue a lista abaixo.
10. Noite de lobos – Jeremy Saulnier
O escritor Russell Core (Jeffrey Wright) visita um vilarejo no Alasca para investigar o desaparecimento de um menino, que aparentemente foi levado por lobos.
Ao atender ao chamado da mãe do garoto, Medora Stone (Riley Keogh), Core descobre que a situação é mais complicada do que parece.
O filme mais sugere do que dá respostas, e estreou direto na Netflix.
9. Os Incríveis 2 – Brad Bird
Talvez algumas pessoas não concordem, mas Os Incríveis é o melhor filme da Pixar.
A continuação mantém a qualidade, e traz a cena de luta do ano, entre o bebê Zezé e um guaxinim.
Trata-se de uma grande volta de Brad Bird à animação, depois de Tomorrowland.
8. O dia depois – Hong Sang-soo
O que faz alguém filmar em preto e branco hoje? Em Roma, por exemplo, Alfonso Cuarón quer ganhar prêmios.
Em O dia depois, Hong Sang-soo usa o preto e branco para registrar uma comédia intimista.
O filme conta a história de Areum (Kim Min-hee), que sofre consequências dos problemas conjugais do editor Bongwan (Kwon Hae-hyo), no primeiro dia de trabalho como secretária dele.
7. Ilha dos cachorros – Wes Anderson
A animação é provavelmente o melhor meio de expressão para Wes Anderson, em que ele tem controle total sobre o que está acontecendo.
O filme mostra como um menino de 12 anos, Atari Kobayashi, busca resgatar seu cachorro Spots de uma ilha em que todos os cães do Japão foram exilados.
Além de declaração de amor aos cachorros (o título original Isle of Dogs soa como I love dogs), é uma declaração de amor à cultura japonesa.
6. Um lugar silencioso – John Krasinski
Um lugar silencioso trabalha muito bem o suspense.
Num mundo em que monstros cegos e assassinos são atraídos por sons, qualquer barulho faz o espectador sofrer por antecipação.
Funciona tão bem que nem parece que John Krasinski é um diretor estreante.
5. Você nunca esteve realmente aqui – Lynne Ramsay
Seis anos depois de Precisamos falar sobre o Kevin, Lynne Ramsay voltou com um filme ainda melhor.
Você nunca esteve realmente aqui é um mergulho no mundocanismo, em que o veterano de guerra Joe (Joaquin Phoenix) ganha a vida resgatando meninas sequestradas.
Também é a história de um colapso nervoso, e ninguém interpreta um colapso nervoso tão bem quanto Joaquin Phoenix.
4. Em chamas – Lee Chang-Dong
Em chamas é um suspense que levanta questões sobre identidade e desigualdade social ao contar a história de um triângulo amoroso.
Como acontece algumas vezes nas histórias de Haruki Murakami (cujo conto “Barn burning” serviu base para o roteiro), a garota desaparece inexplicavelmente.
Antes de sumir, Shin Hae-mi (Jun Jong-seo) dança Miles Davis contra o pôr do sol numa das cenas mais bonitas do ano.
3. O sacrifício do cervo sagrado – Yorgos Lanthimos
O sacrifício do cervo sagrado tem como tema o destino, a inevitabilidade da consequência dos próprios atos.
Os problemas com bebida do cirurgião Steven Murphy (Colin Farrell) levaram à morte do pai do adolescente Martin (Barry Keoghan).
Por causa disso, ele precisa escolher quem sacrificar para compensar essa morte, entre sua esposa e filhos.
2. Hereditário – Ari Aster
Hereditário mostra uma família em crise depois da morte da matriarca e as cenas mais assustadoras não envolvem o sobrenatural.
Annie (Toni Collette) começa a descobrir uma conspiração demoníaca, que envolve seus filhos, depois da morte da mãe.
Tem gente que criticou o final do filme, mas ele é bastante consistente com restante da história.
1. Mandy – Panos Cosmatos
Nicolas Cage faz os melhores filmes e os piores filmes. Felizmente, Mandy está no primeiro grupo.
Ele interpreta Red Miller, que quer se vingar a morte de sua amada, que dá nome ao longa-metragem e é interpretada por Andrea Riseborough.
É um suspense com direito a duelo de motosserras, uma gangue de demônios motociclistas e um duende que vomita macarrão com queijo num comercial de TV.
Cenas noturnas que parecem ter sido pintadas por Richard Corben são acompanhadas pela última trilha sonora assinada por Jóhann Jóhannsson.
Passou por aqui no Phenomena Festival, no Museu da Imagem e do Som (MIS).
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