A inteligência artificial permite que os trabalhadores do conhecimento (em inglês, knowledge workers) façam novas perguntas e novas análises.
A parte do trabalho que consiste em organizar, classificar e buscar informações pode ser executada atualmente por uma máquina.
“Quem usa a inteligência artificial nessa parte inicial de classificação e organização ganha obviamente mais tempo para fazer novas perguntas sobre um problema e fazer novas análises em cima disso, o que aumenta a própria inteligência dos humanos”, afirmou Alexandre Dietrich, líder de inteligência do Watson da IBM, em entrevista ao inova.jor TIC.
É importante preparar os profissionais no Brasil para trabalharem com esses sistemas.
O executivo identifica três aplicações principais da inteligência artificial. A primeira são os chatbots ou assistentes virtuais,que conversam com as pessoas.
“A empresa que começou há dois ou três anos já passou daquela fase de simplesmente ter um chatbot de perguntas e respostas. Elas já evoluíram para assistentes virtuais que ajudam os profissionais internamente. Ou mesmo agentes virtuais para atendimento a clientes”, destacou.
Informações não estruturadas
Outra aplicação é interna. “Muitas companhias perceberam que podem usar isso no backoffice, para classificar texto, identificar contratos e extrair informações que estão no nosso bom e velho português”, afirmou Dietrich.
Por fim, a inteligência artificial pode ser usada em atividades de análise de negócios. “A inteligência artificial pode ajudar a recomendar produtos, a prever se um cliente vai abandonar a empresa ou a fazer análise preditiva de equipamentos que possam estar com problemas”, explicou.
Nesse caso, a inteligência artificial combina dados do mundo de analytics com informações não estruturadas, como comentários de consumidores na internet e conversas do call center, para gerar novos modelos preditivos.
Saúde
Além das aplicações de negócios, a inteligência artificial tem grande potencial de melhorar áreas como a saúde.
Segundo Dietrich, a saúde lida, em grande parte, com dados não estruturados. “São textos escritos pelos médicos, falas dos pacientes. Com inteligência artificial, você pode começar a interpretar essas informações”, afirmou.
Cada médico descreve o diagnóstico de sua maneira. Um sistema de inteligência artificial pode capturar essa informação e classificá-la de acordo com o código internacional da doença.
A tecnologia também pode ser empregada em aplicações mais complexas, como análise de imagens.
Para saber mais, assista ao vídeo com a entrevista exclusiva de Alexandre Dietrich, da IBM, ao inova.jor TIC, que tem apoio da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).