Quais são os principais obstáculos à inovação no Brasil

Elisabeth Reynolds, do MIT, afirma que política industrial brasileira atrapalha política de inovação / Renato Cruz/inova.jor
Compartilhe

Elisabeth Reynolds, do MIT, afirma que política industrial brasileira atrapalha política de inovação / Renato Cruz/inova.jor
Elisabeth Reynolds, do MIT, afirma que política industrial brasileira atrapalha política de inovação / Renato Cruz/inova.jor

Apesar das políticas de incentivo à inovação, o Brasil não vai muito bem nessa área.
Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), patrocinado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), apontou obstáculos às atividades inovadoras no país, e fez seis recomendações:

  • garantir que as políticas industriais apoiem a inovação;
  • ampliar a integração da economia brasileira à global;
  • aproximar universidades e empresas;
  • fortalecer iniciativas que suportem o ecossistema de inovação;
  • encorajar trajetórias de empreendedorismo; e
  • criar estratégias de longo prazo para setores em que o Brasil possui vantagens comparativas.

O estudo foi apresentado ontem (6/3) por Elisabeth Reynolds, diretora executiva do Industrial Performance Center do MIT, durante o Fórum Estadão Brasil Competitivo.

Políticas públicas

A economia brasileira ainda é muito fechada, o que acaba sendo um desincentivo às empresas que queiram inovar. Da mesma forma que isso encarece a importação de bens e serviços, dificulta o acesso a conhecimento.
Marcos Cintra, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), criticou durante o evento a política industrial brasileira, que ainda se baseia na ideia ultrapassada de substituição de importações.
Na visão de Elisabeth Reynolds, as exigências de conteúdo local na política industrial brasileira acabam bloqueando a inovação.
A pesquisadora também defendeu que, no lugar de ter políticas de inovação muito abrangentes, o Brasil deveria focar nas áreas em que tem vantagens competitivas, como biocombustíveis, agricultura e indústria aeroespacial.
O Brasil ficou em 69º lugar no Índice Global de Inovação, divulgado no ano passado.
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento do país ficaram em 1,28% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, enquanto a Coreia do Sul já destinava 3,7% para essa atividades em 2010.
Para melhorar esse cenário, o Senai criou uma rede de 25 institutos de inovação, que desenvolvem produtos de alta tecnologia para empresas.


Compartilhe
Previous Article

Como o mercado rodoviário ingressa no mundo digital

Next Article

Gilberto Kassab fala sobre internet e inovação no Roda Viva

You might be interested in …

A USP lidera a produção científica mundial sobre cosméticos / Juanedc/Creative Commons

Quais foram as 10 reportagens mais lidas de 2016

Compartilhe

CompartilheBig data, internet das coisas, expansão da banda larga e investimentos em startups foram alguns dos temas de tecnologia e inovação em destaque neste ano. Isso se reflete na relação das dez reportagens mais lidas de 2016 […]


Compartilhe
Tonini (e.) e Moreira (c.) falam sobre métodos de pagamento / inova.jor

Como será o futuro dos métodos de pagamento

Compartilhe

CompartilheTendências como pagamentos instantâneos e open banking vão modificar a maneira como as pessoas se relacionam com o dinheiro. João Pedro Tonini, vice-presidente de produtos e tecnologia da Wirecard Brasil, e Raul Moreira, diretor executivo […]


Compartilhe