Você está preparado para viver numa casa conectada?

A casa conectada deve tornar-se acessível para a maior parte dos cidadãos em pouco tempo / Renato Cruz/inova.jor
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A casa conectada deve tornar-se acessível para a maior parte dos cidadãos em pouco tempo / Renato Cruz/inova.jor
A casa conectada deve tornar-se acessível para a maior parte dos cidadãos em pouco tempo / Renato Cruz/inova.jor

A internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) já não é apenas uma promessa para o futuro, mas uma realidade no presente.
Apesar de ainda restrita por conta dos altos preços de alguns gadgets, muitos dos itens e tecnologias empregados devem tornar-se acessíveis para a maior parte dos cidadãos em pouco tempo.
Para entender como isso vai acontecer, precisamos retornar ao conceito. IoT nada mais é do que a inteligência aplicada a objetos e sistemas.
Num mundo em que tudo que é smart é reconhecido como bom e eficiente, esse é o conceito que vai conectar tudo aquilo capaz de tornar sua vida mais simples e fácil no dia a dia, seja em casa, na rua, no trabalho ou num momento de lazer.
Muito em breve, grande parte dos objetos nos nossos lares serão tão funcionais e autossuficientes quanto são hoje nossos smartphones.
Eles serão capazes de identificar padrões de comportamento e preferência, processar informações e executar tarefas de modo automático e independente dos seus comandos.
Pode parecer a casa dos Jetsons, mas objetos como portas que se abrem quando o carro está chegando em casa, máquinas de lavar roupas controladas pelo celular, ar condicionado que equilibra a temperatura da casa antes mesmo de o dono chegar, cortinas que abrem ou fecham de acordo com a luz natural do ambiente, interruptores controláveis de forma remota, já são tecnologias reais e a um passo da popularização.

Assistentes de voz

Casa conectada: Marcello Liviero, da TP-Link / Divulgação
Marcello Liviero, da TP-Link / Divulgação

Um pouco mais próximos da popularização estão os assistentes digitais comandados por voz. Eles funcionam de forma semelhante aos assistentes de celulares, como a Siri do iPhone, mas são capazes de auxiliar nas tarefas domésticas, como atualizar a lista de supermercado, tocar música, ligar e desligar aparelhos da casa e telefonar alguém.
Entre as marcas que desenvolveram aparelhos deste tipo estão gigantes da indústria, como Amazon e Google.
Além da comodidade e da praticidade, a IoT também traz para o consumidor redução de custos, e para a sociedade um melhor uso de recursos naturais.
Veja por exemplo o caso das lâmpadas inteligentes. Comandas por aplicativos de celular elas não só mudam de cor e intensidade, mas também podem ser programas para apagar e acender em horários pré-determinados ou até serem ligadas e desligadas a distância, o que certamente implica em redução nos gastos com energia elétrica e na economia de recursos para produzi-la.

Segurança e privacidade

Mas nem tudo são flores, e todo esse avanço traz problemas que não podem ser menosprezados, sobretudo quando o assunto é segurança e privacidade.
Babás eletrônicas podem ser hackeadas, funcionando como streaming ao vivo. Câmeras conectadas podem guardar informações valiosas sobre seus hábitos e rotinas.
Nos próximos anos, o mercado brasileiro deve receber um grande número de dispositivos da internet das coisas. Hoje, resumidas a alguns modelos de lâmpadas, aspiradores de pó e mesmo geladeiras inteligentes, as opções nacionais são caras e pouco viáveis.
Mas, para nos adaptarmos a essa nova realidade, além de aprender a operar esses itens, é preciso pensar na segurança necessária para colocá-los nos nossos lares.
E todo esse processo passa também pelo empenho da indústria em criar facilidades, mas também em educar o consumidor para que entenda os recursos disponíveis, como utilizá-los e como sentir-se parte dessa nova realidade, oferecendo suporte online e, quase sempre, em tempo real.
Já existe até um termo para definir o sentimento de não adaptação às mudanças tecnológicas. Digital darwinism é a expressão usado para definir o comportamento social diante da rapidez das mudanças tecnológicas e inovações, sobretudo no que diz respeito à capacidade de adaptação.
Esse processo de adaptação e imersão é muito importante para que o usuário não se sinta à margem da inovação, como acontece ainda hoje com gerações anteriores diante de smartphones e smart TVs.
Com tudo mudando cada vez mais rápido, é preciso cuidado para que o consumidor tenha tempo de assimilar os novos itens, tirando o melhor de cada tecnologia.
E você, já está se preparando para viver em uma casa conectada?

  • Marcello Liviero é diretor comercial da TP-Link no Brasil

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