Fábio Gandour, cientista-chefe da IBM Brasil, vai se aposentar na segunda-feira (12/2). Ele conversou com o inova.jor a respeito de sua trajetória e sobre a preparação de profissionais para o mercado.
Médico de formação, Gandour liderou o esforço que culminou na instalação de um laboratório de pesquisas da IBM no Brasil, em 2010.
Segundo o executivo, o laboratório foi resultado da convergência de diversos fatores, tendo como catalisador o bom momento que vivia o país.
Em 2009, a revista britânica The Economist havia publicado uma capa em que mostrava o Cristo Redentor decolando, para retratar a expansão da economia brasileira.
“Nesse cenário, ficou claro que tínhamos uma oportunidade única de trazer para o Brasil a presença oficial da IBM Research Division”, disse Gandour. “Trabalhamos em silêncio, até ter um objeto de discussão, que eu mesmo levei à corporação. Quando expliquei a intenção de implantar no Brasil um laboratório que praticasse o modelo de ciência como negócio, essa ideia chamou atenção.”
O laboratório tem operações em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Computação cognitiva
Gandour destacou a importância de ensinar aos estudantes brasileiros a trabalhar com computação cognitiva, para formar bons profissionais para o mercado de tecnologia.
“Um bom caminho é treinar a mão de obra que vai trabalhar no país para conviver com um tipo de ferramenta capaz de produzir cognição automática”, afirmou. “Nossos estudantes vão ao engenho de busca e recebem uma resposta toda estruturada. Eles usam aquela resposta do jeito que ela vem e se satisfazem com isso. Seria preciso educar os estudantes de tal maneira que eles pudessem fazer a pergunta adequada.”
Com a aposentadoria, Gandour planeja trabalhar em projetos relacionados à saúde e à sustentabilidade.
Para saber mais, acompanhe a entrevista em vídeo de Fábio Gandour, da IBM Brasil, ao inova.jor.