‘Tudo está sendo transformado e está todo mundo sob pressão’

Mauiricio Ruiz, da Intel, alerta que as empresas brasileiras precisam inovar mais / Renato Cruz/inova.jor
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Maurício Ruiz, da Intel, alerta que as empresas brasileiras precisam inovar mais / Renato Cruz/inova.jor
Maurício Ruiz, da Intel, alerta que as empresas brasileiras precisam inovar mais / Renato Cruz/inova.jor

A principal fonte de ruptura no seu mercado pode ser uma empresa que você nem conhece. Esse foi um alerta feito hoje (27/11) por Maurício Ruiz, diretor geral da Intel Brasil, durante evento para imprensa.
“Tudo está sendo transformado e está todo mundo sob pressão”, disse o executivo. “Nenhuma empresa pode continuar a ser administrada como sempre foi, inclusive no Brasil.”
A Tesla, fabricante de automóveis elétricos, tem uma linha de células solares em formato de telhas, que substituem telhados convencionais.
Com eles, é possível captar a energia solar e armazená-la em baterias residenciais, também vendidas pela Tesla.
Empresas de materiais de construção provavelmente não imaginavam que a concorrência viria da montadora criada por Elon Musk. Esse é um exemplo de que a ruptura vem de onde menos se espera.
A chamada transformação digital é a preparação das empresas para um mundo de constantes mudanças, em que automação, análise de dados e inteligência artificial modificam todos os setores econômicos.

Novos mercados

Maior fabricante de processadores do mundo, a Intel continua a ter no mercado de PCs a origem da maior parte de seus negócios.
Somente uma das unidades de negócio da companhia, no entanto, dedica-se hoje a computadores. O foco das demais são:

  • Data centers;
  • Internet das coisas;
  • Memórias não voláteis; e
  • Soluções programáveis.

“Isso faz com que nossa atuação passe de um mercado potencial de US$ 60 bilhões para US$ 250 bilhões”, destacou Ruiz. “Cada uma dessas áreas de negócio já representa mais de US$ 1 bilhão em receitas anuais para a Intel.”
Além disso, a companhia escolheu quatro pilares estratégicos, que são:

“Só teremos internet das coisas se tivermos 5G”, explicou o diretor geral da Intel Brasil.

Mais inovação

Mauricio Ruiz alertou para o baixo nível de inovação do Brasil como um todo: “A pergunta que devemos fazer é: qual é o papel do país nessa nova economia?”
Segundo o executivo, os gastos em tecnologia da informação ainda estão muito concentrados nas 500 maiores empresas do país.
Ele apontou que um dos esforços que a Intel vem fazendo é apoiar clientes brasileiros na transição do modelo de hospedagem para o modelo de nuvem. O Serpro, empresa de TI do governo federal, é um exemplo.
Recentemente, Ruiz visitou um banco brasileiro e perguntaram se ele tinha tecnologia para evitar explosão de caixa eletrônico.
“Não, mas temos tecnologia para monitorar qualquer movimento estranho de alguém na rua, na frente dos caixas”, respondeu.


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