Atualmente, serviços baseados em inteligência artificial rodam em grandes centros de dados, acessados por nossos celulares e computadores.
Mas esse cenário começa a mudar. Segundo previsão da consultoria Deloitte, neste ano, um em cada cinco smartphones vendidos no mundo terá capacidade local de aprendizado de máquina.
Ou seja, são mais de 300 milhões de celulares que foram projetados para imitar o funcionamento do cérebro humano, e podem executar atividades baseadas em inteligência artificial mesmo quando desconectados.
Além disso, a tecnologia de aprendizado de máquina faz com que o desempenho dos aparelhos melhore com a experiência.
Os aparelhos poderão fazer coisas como:
- indicação de direção em lugares fechados,
- classificação de imagens,
- realidade aumentada,
- reconhecimento de fala, e
- tradução em tempo real.
Inteligência num chip
“No momento em que a inteligência pode ser embarcada num hardware, num chip, ela se torna mais portável”, afirma Márcia Ogawa, sócia de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte Brasil. “As aplicações médicas, de eficiência de algumas partes da indústria e de entendimento do consumidor podem caminhar para as bordas.”
Até o ano passado, os smartphones eram capazes de realizar atividades muito limitadas de aprendizado de máquina, como reconhecer o rosto ou as digitais do seu dono.
O avanço dos processadores embarcados nos aparelhos faz com que eles sejam capazes de atividades cada vez mais complexas.
Além dos smartphones, o aprendizado de máquina deve se tornar presente em outros equipamentos, como drones, tablets, carros e equipamentos médicos.
Num ambiente de internet das coisas, a capacidade de sistemas inteligentes trabalharem sem conexão é ainda mais importante.
Seja em situações de emergência, seja em locais remotos, com pouca cobertura dos serviços de telecomunicações.