A IBM Brasil lançou ontem (15/2) a Garagem 1157, um espaço destinado a empresas brasileiras que queiram desenvolver e testar soluções de internet das coisas, blockchain e computação cognitiva.
O projeto, que já existe em cidades como São Francisco, Nova York, Tóquio e Toronto, é baseado na metodologia de Garagem Bluemix, desenvolvido pela IBM com base em design thinking.
O modelo recebeu prêmios internacionais ano passado por sua capacidade de agilizar processos complexos.
A garagem de São Paulo é a primeira da América Latina, mas a expectativa é replicar o projeto em outros países da região.
Metodologia
As empresas que quiserem contratar os serviços da garagem poderão criar e testar protótipos para soluções específicas num prazo de quatro a oito semanas, dependendo da complexidade.
No local, as empresas poderão acelerar seus projetos com a participação de equipes de especialistas da IBM.
A ideia é que, em poucas semanas, grandes empresas criem um produto minimamente viável (MVP, na sigla em inglês). O modelo é muito adotado pelas startups e garante flexibilidade e agilidade em períodos de testes.
“Percebemos que faltava para o mercado um lugar para fazer esse primeiro teste”, explica Agostinho Villela, gerente do Client Center da IBM América Latina
Economia
Além de alavancar o processo de inovação, a garagem pode ser uma opção para empresas que querem testar sem gastar muito.
Isso porque programas-testes de inovação em grandes empresas normalmente demandam alto investimento e tempo para planejamento, tornando o processo de transformação mais lento e caro.
Segundo Mauro D’Angelo, diretor de soluções de indústria da IBM Brasil, a garagem não será uma fonte de renda para a empresa, mas uma ponte entre as empresas e a inovação.
“Esperamos que o espaço funcione como acelerador de transformação da inovação das empresas brasileiras. E, com isso, elas se tornem mais competitivas”, explica Mauro D’Angelo, diretor de soluções de indústria da IBM Brasil.
Sem divulgar valores, D’Angelo afirma que os valores serão competitivos justamente para atrair o mercado para dentro da IBM.
“Nossa intenção é que o valor seja a coisa menos debatida na hora de fechar com uma empresa. Cobraremos o suficiente só para pagar a equipe que trabalhará com essa companhia na garagem e a depreciação do espaço”, completa.
A garagem funciona com a plataforma Bluemix, um produto em nuvem vendido pela IBM.