Startups apostam no crescimento do comércio eletrônico

A startup argentina Nuvem Shop mira no e-commerce para empreendedor por necessidade do Brasil / Divulgação
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A argentina Nuvem Shop mira no comércio eletrônico para empreendedores por necessidade no Brasil / Divulgação
A argentina Nuvem Shop mira no comércio eletrônico para empreendedores por necessidade no Brasil / Divulgação

O comércio eletrônico tem crescido a passos largos no País. Com a crise econômica, empreendedores por necessidade têm apostado na internet para fazer negócios.
Somente em 2015, 39,1 milhões de pessoas compraram online, totalizando 106,5 milhões de pedidos, segundo pesquisa da Ebit.
Os valores do ano passado ainda não foram divulgados, mas a estimativa era de que o faturamento crescesse 8%, atingindo R$ 44,6 bilhões.
Com a expectativa de alta para os próximos anos, startups que oferecem plataformas serviços de e-commerce apostam no mercado nacional.
A argentina Nuvem Shop surgiu em 2010, mas só quando se mudou para cá, anos depois, acelerou seu crescimento.
“O Brasil tem uma cultura de empreendedorismo muito forte e, com a crise, os brasileiros têm se adaptado aos outros meios. Há muita oportunidade aqui hoje”, explica Alejandro Vázquez, um dos fundadores da plataforma.

Mercado nacional

Apesar de atuar em todos os países da América Latina, o Brasil é, de longe, o principal mercado da Nuvem Shop.
Das 400 mil lojas criadas pela plataforma, mais da metade são de brasileiros. Na comparação com o segundo mercado da startup, a Argentina, o faturamento médio de cada loja no Brasil é 30% maior.
Em termos reais, em 2016, os lojistas brasileiros cadastrados na plataforma tiveram uma receita de R$ 350 milhões, disse Vázquez. A estimativa é que, neste ano, o número de empreendedores dobre e, consequentemente, cresça o valor da receita.
“Estamos nos preparando especialmente para atender o Brasil que ainda tem um potencial enorme de crescimento. Todos os nossos 70 funcionários, em São Paulo ou Buenos Aires, têm aulas de português duas vezes por semana para atender melhor os clientes”, explica o executivo.
A plataforma oferece um serviço completo de presença online: desde a criação e administração de uma loja online e presença em grandes marketplaces à configuração completa para vendas no exterior.
A criação e administração do comércio eletrônico pode ser feito tanto pelo computador como por meio de aplicativos de celular.
“Nós sabemos que muitos comerciantes não possuem computadores, mas têm celular pessoal. Por isso, optamos por disponibilizar a plataforma completa também pelo celular”, diz.
A startup já passou por duas rodadas de investimento, mas não divulgou os valores.
Atualmente, a Nuvem Shop é uma das startups que representam o Brasil no programa global de aceleração da Google, o Launchpad Accelerator.
Ao fim do programa receberá da Google US$ 50 mil em equity-free funding (financiamento sem contrapartida).

Fraudes

A insegurança nas transações pela internet pode ser considerado uma entrave para o desenvolvimento do comércio eletrônico.
A estimativa é que, a cada 28 pedidos em lojas virtuais, um seja feito por criminoso com cartão de crédito clonado.
Mirando nessa deficiência de mercado, a startup brasileira Konduto aposta no uso de inteligência artificial para diminuir as fraudes.
A tecnologia avalia o comportamento dos clientes durante o tempo de compra e define uma “personalidade” do usuário.
A partir de então, calcula fatores como o tempo gasto no site e o tipo de busca que fez para definir se é uma possível fraude ou não.
“Muitos empresários acreditam que o criminoso tem um comportamento altamente suspeito, que essas supostas características são fáceis de identificar e também de criar barreiras para eles. Mas não é o que ocorre. Eles atuam em horários e em computadores idênticos aos bons compradores”, diz Tom Canabarro, cofundador da Konduto.
As compras classificadas como possíveis fraudes podem ainda ser analisadas por uma equipe treinada de analistas da Konduto. Eles são responsáveis por conferir se a compra é realmente legal.
O modelo de negócio é baseado na quantidade de transações verificadas. O valor da cobrança varia de acordo com volume e produto contratado pela cliente, indo de poucos centavos a R$ 1 por transação.
A startup monitora hoje 3 milhões de transações por mês.
O Konduto recebeu a primeira rodada de investimento de R$ 700 mil de um investidor-anjo, no fim de 2015. Atualmente, está em negociação para uma segunda rodada.


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