Que benefícios a cidade digital traz aos cidadãos

Campinas usa reconhecimento facial no transporte público / Gui Leite/Creative Commons
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Campinas usa reconhecimento facial no transporte público / Gui Leite/Creative Commons
Campinas adotou a tecnologia de reconhecimento facial no transporte público / Gui Leite/Creative Commons

A tecnologia é uma grande aliada das pessoas – tanto na esfera profissional quanto profissional – e, por esse motivo, está totalmente presente no dia a dia das empresas.
Com as cidades não é diferente. Existem diversas soluções que podem ser implementadas para oferecer bem-estar aos cidadãos. E não importa o número de habitantes – municípios de todos os portes podem se beneficiar ao se tornarem realmente digitais.
Para se encaixar nessa categoria, é preciso atender a pelo menos um dos seguintes critérios:

  • fornecer sinal de internet (wi-fi) gratuito para os cidadãos – em pelo menos em áreas determinadas –;
  • disponibilizar ferramentas e infraestrutura de governo eletrônico (e-gov), como serviços de atendimento via web; e/ou
  • ligação de órgãos e prédios públicos por meio de cabeamento óptico ou rádio enlace.

No Brasil, já existem diversos municípios que se encaixam em algum destes critérios. Apenas no Estado de São Paulo são 173, segundo o portal Rede Cidade Digital.

Exemplos de cidade digital

Cristiano Felicissimo, da Seal Telecom / Divulgação
Cristiano Felicissimo, da Seal Telecom / Divulgação

Um exemplo é Bom Jesus dos Perdões, localizado no interior paulista. Lá há internet gratuita para todos, além de salas de treinamentos com computadores e lousas digitais – tanto para capacitação de cidadãos como nas escolas, para auxiliar no desenvolvimento dos alunos.
Outro exemplo é a cidade de Sud Menucci, também no interior de São Paulo, que, além de acesso gratuito à internet, implementou tecnologias que interligam os principais órgãos públicos à prefeitura, visando agilizar a comunicação para um melhor atendimento aos munícipes.
Apesar desses critérios definirem se uma cidade é ou não digital para o governo, existem outras formas de uso da tecnologia que podem impactar positivamente uma região e seus moradores, principalmente na área de segurança.
Afinal, os problemas nesse setor afetam grande parte da população brasileira. A implementação de câmeras de monitoramento é um bom começo, mas vale ressaltar que, além de instalar os equipamentos em diversos pontos da cidade, é preciso um serviço de inteligência que esteja programado para detectar o incidente e avisar um operador imediatamente – garantindo rapidez na resolução do problema.
Por isso, também é importante a integração com centrais como da polícia militar, guarda municipal e bombeiros.

Centro de controle

Em Alfenas, município mineiro localizado a 342 quilômetros de Belo Horizonte, para inibir atos criminosos a prefeitura faz uso de soluções de videomonitoramento IP (sigla em inglês de protocolo de internet) integradas a um Centro de Controle Operacional (CCO).
O objetivo é identificar os pontos com maior índice de criminalidade. As imagens captadas pelas câmeras são transmitidas para o CCO, permitindo visualização em tempo real do local, análise eficiente da situação e ação ágil em eventuais emergências.
O reconhecimento facial também é um forte aliado nos projetos de segurança, principalmente na identificação de suspeitos.
Mas pode auxiliar em outras frentes, como na cidade de Campinas (SP), em que é utilizado no transporte público a fim de evitar que uma pessoa se passe por outra que tenha o benefício de gratuidade.

Olhar atento

A cidade pode se tornar digital por meio do uso de aplicativos móveis pelos cidadãos, que permite a notificação de problemas na cidade, como acidentes de trânsito, assaltos, buracos, inundações e poda de árvores, que geram chamados diretamente no CCO da cidade, com o posicionamento geográfico do evento, dados do cidadão notificador e detalhes do evento, como vídeos ou imagens.
Essa comunicação direta entre o cidadão e o CCO da cidade permite um melhor conhecimento e atendimento ao evento, pois geram informações com mais detalhes e mais rápido que pelas vias oficiais, como 190 e 192.
 Não é de hoje que estamos cientes de que a tecnologia está aí a serviço de todos. Basta um olhar atento dos governantes na avaliação de quais são as demandas da sua região e quais as soluções mais adequadas para resolver as questões.


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