Startups brasileiras com soluções em realidade virtual, saúde digital, educação digital, bem-estar, vestíveis, convergência e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) estão na mira da Samsung.
A gigante sul-coreana lançou recentemente a segunda rodada do Programa de Promoção da Economia Criativa, que busca startups com soluções inovadoras para a empresa.
Durante nove meses, 13 startups de todo o Brasil participarão do processo de aceleração, tendo como base processos aplicados no Centro de Economia Criativa e Inovação da Coreia do Sul.
Para a aplicação do programa no Brasil, a Samsung fechou parceria com a Anprotec e sua rede de incubadoras associadas espalhadas por todas as regiões do País.
Alcance nacional
José Aranha, vice-presidente da Anprotec, acredita que a dimensão do projeto em relação aos demais programas de incubação promovido por empresas é um dos diferenciais do Programa de Promoção de Economia Criativa.
“O diferencial do projeto da Samsung é que eles expandem para o Brasil todo, diferentemente da maioria das empresas que procuram startups em apenas determinadas regiões, limitando bastante”, diz Aranha.
A segunda turma começou neste mês e deve contar com a mentoria e participação intensiva de executivos da Samsung.
Durante três dias, as startups escolhidas receberam minicursos, workshops e mentorias da Samsung e de gestores da Anprotec, focados em conteúdos de diversos temas sobre empreendedorismo e inovação. O evento aconteceu em São Paulo.
Nos oito meses restantes do programa, as startups vão participar do processo em incubadoras parceiras da Anprotec espalhadas pelas suas regiões.
O uso de incubadoras por região foi uma das adaptações brasileiras ao programa da Coreia do Sul. O trabalho regional feito com as startups é totalmente acompanhado pela Samsung.
Investimento
Ao fim do programa, startup que desenvolveram projetos interessantes para a Samsung podem receber um aporte de até R$ 250 mil.
A procura de empresas de grande porte por startups faz parte de uma tendência mundial, segundo explica Aranha. Para ele, o número tende a crescer nos próximos anos.
“Vemos bancos e empresas de telecomunicações abrindo seus espaços para receber startups e isso faz parte de suas perspectivas de inovação aberta. Vemos agora o interesse de empresas saindo dos eixos sul-sudeste e buscando essas startups também em outras regiões”, completa Aranha.