CES 2017: Samsung quer que você converse com a geladeira

A estratégia de internet das coisas da Samsung passa por todas linhas de produtos / Renato Cruz/inova.jor
Compartilhe

A estratégia de internet das coisas da Samsung passa por todas linhas de produtos / Renato Cruz/inova.jor
A estratégia de internet das coisas da Samsung passa por todas linhas de produtos / Renato Cruz/inova.jor

LAS VEGAS
A Samsung anunciou hoje (4/1) a segunda geração de sua linha de geladeiras conectadas, chamada de Family Hub 2.0. Uma das principais novidades foi a incorporação de comandos de voz.
É possível, por exemplo, pedir para a geladeira (que tem uma tela sensível ao toque integrada) tocar músicas de algum dos principais serviços de streaming.
A Samsung adotou uma tecnologia desenvolvida em seus laboratórios. Agentes de voz, como a Alexa, da Amazon, e o Google Assistant, são um dos principais temas da CES 2017, maior feira de eletrônicos dos Estados Unidos.
Apesar de o evento abrir oficialmente amanhã, as empresas começaram ontem a anunciar seus lançamentos.

Ano desafiador

O ano passado foi complicado para a Samsung. O Galaxy Note 7, um dos principais aparelhos de topo de linha da fabricante sul-coreana, teve as vendas suspensas porque pegava fogo e oferecia risco de explosão.
Tim Baxter, presidente e diretor de operações da Samsung Electronics America, abriu sua apresentação em Las Vegas referindo-se aos problemas com o Galaxy Note 7, e classificando 2016 como um “ano desafiador”.
Ele destacou que, em breve, a Samsung vai divulgar a causa do problema. E que está ouvindo especialistas independentes para entender o que houve e evitar que isso volte a acontecer.
O cancelamento do Galaxy Note 7 trouxe bilhões em perdas para a companhia.

Internet das coisas

Mesmo assim, a Samsung continua a ser a maior fabricante de televisores e de celulares do mundo. Baxter destacou que a internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) é um conceito que perpassa toda a linha de produtos de companhia.
“IoT não é palavra da moda”, afirmou o executivo.
A empresa anunciou hoje o Fundo Samsung Next, que tem US$ 150 milhões para investir em empresas iniciantes que atuem nos setores de software e serviços.
Além da internet das coisas, o fundo tem como foco tecnologias como realidade virtual e inteligência artificial.
Apesar de a Samsung ter escolhido a internet das coisas como parte fundamental da sua estratégia, seus produtos ainda não funcionam como se estivessem numa plataforma única.
É possível controlar a lavadora de roupa, a secadora e o televisor por meio de aplicativos no celular ou ver conteúdo de vídeo na geladeira, mas esses dispositivos ainda não funcionam totalmente integrados.
A falta de integração ainda é um grande obstáculo no mercado de internet das coisas. A aposta da fabricante sul-coreana em software e serviços é uma das maneiras que a empresa encontrou para endereçar o problema.

  • O jornalista viajou a convite da Samsung

Compartilhe
Publicação Anterior

Werner Herzog apresenta visão apocalíptica da internet

Próxima Publicação

O que Charles Darwin tem a ensinar às empresas inovadoras

You might be interested in …

Rafael Steinhauser, da Qualcomm, quer fomentar o mercado brasileiro de internet das coisas / Renato Cruz/inova.jor

Qualcomm premia projetos de internet das coisas

Compartilhe

CompartilheA Qualcomm abriu as inscrições do Prêmio Tecnologias de Impacto para projetos brasileiros inovadores de internet das coisas, com uso de tecnologias de comunicação sem fio. O prazo termina em 30 de outubro. “A inovação […]


Compartilhe