Como funcionam os ataques de ransomware

A agência de transporte de São Francisco teve de liberar as viagens gratuitamente / Michael Chu/Creative Commons
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Ransomware: A agência de transporte de São Francisco teve de liberar viagens gratuitas durante o fim de semana / Michael Chu/Creative Commons
A agência de transporte de São Francisco teve de liberar viagens gratuitas durante o fim de semana / Michael Chu/Creative Commons

Na sexta-feira, a Agência de Transporte Municipal de São Francisco (SFMTA, na sigla em inglês) sofreu um ataque de ransomware.
Nesse tipo de golpe digital, as informações da empresa são criptografadas e ficam inacessíveis. O criminoso exige, então, um resgate para liberar o acesso aos dados, normalmente na moeda digital bitcoin.
Depois do ataque, os terminais de bilhetes da SFMTA passaram a mostrar a mensagem “You are Hacked. ALL Data Encrypted” (Você foi hackeado. Todos dados criptografados.)
Durante o fim de semana, o trem municipal de São Francisco, também chamado de Muni, teve de tornar as viagens gratuitas, enquanto o problema era resolvido.
O resgate exigido da SFMTA era de 100 bitcoins (US$ 73 mil).

Criminoso hackeado

Segundo o Krebs On Security, um hacker conseguiu invadir duas caixas de email do criminoso.
Uma das mensagens mostrou que o criminoso conseguiu receber 63 bitcoins (US$ 45 mil) de uma fábrica norte-americana, que também teve seus dados sequestrados.
O movimento financeiro das carteiras de bitcoins do sequestrador mostrou que suas vítimas pagaram a ele pelo menos US$ 140 mil desde agosto.
De acordo com o site especializado em segurança, o hacker não conseguiu acessar um terceiro endereço de email do criminoso e, por isso, o valor pode ser ainda maior.
A maioria das vítimas do criminoso são indústrias ou construtoras norte-americanas e o valor do resgate é de normalmente um bitcoin (US$ 732) por servidor criptografado.
O hacker que conseguiu acessar as contas do criminoso acredita que ele opera a partir do Irã.

Backup fora da rede

A SFMTA não pagou o resgate. A empresa tinha cópia das informações sequestradas pelo ransomware e conseguiu, nos dias seguintes ao ataque, recuperar seus servidores.
Para se proteger de ransomware, é importante que o backup não esteja na mesma rede que os servidores atacados, pois ele pode ser criptografado também.
Até mesmo sistemas de cópias na nuvem em tempo real podem ser afetados pelo ransomware.
Segundo estimativas da IBM, o mundo perde US$ 445 bilhões anuais com crimes cibernéticos. No Brasil, as perdas anuais são estimadas em US$ 8 bilhões.


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