Há pouco mais de dois anos, o Google comprou a Nest, fabricante de termostatos inteligentes, com o objetivo de assumir um papel de destaque na casa conectada. Os resultados ficaram aquém do esperado.
Existe uma grande discussão sobre qual será o centro da casa inteligente. Alguns acreditam que os dispositivos serão controlados pelo televisor. Outros, pelo console de videogame. Há quem ache ainda que o smartphone é a peça central da internet das coisas residencial.
A disputa ainda está em aberto. Mas, meses depois da aquisição da Nest pelo Google, surgiu um concorrente sério para essa posição: a caixa de som inteligente Echo, da Amazon.
Por meio de comandos de voz, é possível controlar aplicativos de música no Echo, fazer buscas na internet, consultar notícias, pedir uma pizza ou chamar um carro do Uber, além de controlar outros dispositivos da casa. Por enquanto, somente em inglês.
Na semana passada, a Amazon lançou uma competição de universidades para tornar a Alexa, interface de voz que torna o Echo possível, capaz de conversar naturalmente sobre atualidades.
Resposta
No mesmo evento em São Francisco em que apresentou o smartphone Pixel, o Google anunciou o lançamento do Home, caixa de som inteligente que é a resposta do gigante das buscas ao Echo, da Amazon.
Com lançamento previsto para o mês que vem nos Estados Unidos, o Google Home custa US$ 130.
A base do Home é uma interface de voz que recebeu o nome de Google Assistant. Trata-se de uma evolução do Google Now.
Apesar de a Apple ter a Siri, a Amazon a Alexa e a Microsoft a Cortana, o Google resolveu não dar um nome próprio para seu assistente de voz.
O Amazon Echo foi um sucesso de certa forma inesperado, com vendas estimadas em mais de 3 milhões de unidades até agora.
Antes dele, empresas como Apple e Google viam a interface de voz como uma funcionalidade para smartphones. Vinte por cento das buscas feitas por celulares no Google já acontecem por comando de voz.
Com o Google Assistant, que será integrado a outros dispositivos além do Home, essas buscas poderão ser feitas em qualquer lugar.
A internet das coisas reforça a tendência de computação sem tela, em que a interface de voz é um elemento essencial.