WMC2016: Por que precisamos falar sobre o 5G

O World Mobile Congress termina hoje em Barcelona / Renato Cruz/Inova.jor
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O World Mobile Congress termina hoje em Barcelona / Renato Cruz/Inova.jor
O World Mobile Congress termina hoje em Barcelona / Renato Cruz/Inova.jor

BARCELONA
A quarta geração da tecnologia celular (4G) ainda nem funciona direito no Brasil, e já tem gente querendo falar sobre o 5G. Eles têm razão. É importante que esse assunto comece a ser a tratado agora.
O 5G foi o destaque dos fabricantes de infraestrutura de telecomunicações no World Mobile Congress (WMC), que termina hoje em Barcelona. Apesar de ser uma tecnologia cujo padrão ainda não foi definido, as empresas já começaram a lançar equipamentos “5G-ready”, prontos para serem atualizados quando for definido o padrão.
Com o 5G, é possível oferecer acessos fixos de 1 gigabit por segundo (Gbps) para clientes residenciais, substituindo uma conexão de fibra óptica. Para se ter uma ideia do que significa essa velocidade,  um longa-metragem em alta definição tem cerca de 8 gigabytes. Ele poderia ser baixado em 64 segundos. Uma conexão de 10 megabits por segundo (Mbps) tem um centésimo da capacidade.
Em janeiro, a Nokia Networks – que recentemente concluiu a compra da Alcatel-Lucent – fez um teste de banda larga fixa com 5G em Dallas-Forth Worth, nos Estados Unidos, em parceria com a Verizon. “As casas querem 1 Gbps”, afirmou ontem Dimitri Diliani, vice-presidente da Nokia Networks para a América Latina. “Provavelmente o 5G é a melhor tecnologia para oferecer isso.”

Definição de frequências

Um ponto importante do padrão, que ainda precisa ser definido, são as frequências destinadas ao 5G. Segundo Wilson Cardoso, diretor de tecnologia da Nokia Networks para a América Latina, as opções mais prováveis são 3,4 GHz (defendida pelos Estados Unidos) e 15 GHz e 21 GHz (defendidas pela Europa).
O Brasil precisa participar ativamente dessas definições para que as faixas escolhidas reflitam o que existe disponível por aqui. Em 3,4 GHz, por exemplo, há possibilidade de interferência com serviços via satélite na banda C.
O risco é que o País comece a buscar espaço no espectro somente depois da definição do padrão, prevista para 2019. Isso pode causar atraso na chegada da tecnologia ao Brasil.

  • O jornalista viajou a convite da Samsung

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